Imprensa internacional repercute negativa de renúncia de Temer
"O combalido presidente brasileiro Michel Temer diz que vai lutar contra as alegações de que tenha endossado o pagamento de propina", destaca o NYT
Estadão Conteúdo
Publicado em 18 de maio de 2017 às 18h28.
São Paulo - Os jornais internacionais continuam a acompanhar os desdobramentos da crise em Brasília, e destacam as declarações do presidente Michel Temer que negou a acusação de que teria autorizado pagamentos para que Eduardo Cunha se calasse na Operação Lava Jato .
"O combalido presidente brasileiro Michel Temer diz que vai lutar contra as alegações de que tenha endossado o pagamento de propina para um ex-parlamentar preso por corrupção", diz o New York Times.
"Não renunciarei, não comprei o silêncio de ninguém", destaca o jornal argentino La Nacion, com uma galeria de fotos do peemedebista.
O portal online do Clarín, também na Argentina, dá destaque à crise no Brasil. "Temer: Não renunciarei", diz manchete do site acompanhada de uma grande foto do presidente. Em uma análise da situação, especialistas afirmam que o acontecimento também é duro golpe para a Argentina.
Já o Washington Post não deu muito destaque para o caso, mas contextualiza a crise brasileira para seus leitores, afirmando que o governo brasileiro afundou em crise.
Na França, o Le Monde também dá pouco destaque para o assunto, disponibilizando as notícias apenas na sessão internacional.
Na Europa, o britânico financial Times destaca em sua página principal o efeito da crise política nas ações brasileiras.
Também no Reino Unido, o site internacional da BBC aborda o impacto no mercado de ações, observando o tombo de mais de 10% das ações brasileiras que resultou no acionamento do circuit breaker na Bolsa de São Paulo.
O Ibovespa fechou hoje em queda de 8,80%, aos 61.597,05 pontos.
O site do jornal Público português vem disparando durante toda a tarde o passo a passo da crise. A última frase disparada pela publicação aos seus assinantes informa: Brasil: "Não renunciarei", diz Temer.
Anteriormente, o periódico vinha acompanhando as decisões de políticos e partidos que estão abandonando o apoio ao presidente.