Brasil

Ilan Goldfajn toma posse como presidente do BID e fala em foco no social e clima; veja o discurso

O novo presidente afirmou que quer que o banco seja o principal parceiro de desenvolvimento confiável, ágil e importante da América Latina e Caribe

Ilan Goldfajn: novo presidente do BID definiu as questões sociais, mudanças climáticas e mais investimentos em infraestrutura como áreas prioritárias de sua gestão. (Germano Lüders/Exame)

Ilan Goldfajn: novo presidente do BID definiu as questões sociais, mudanças climáticas e mais investimentos em infraestrutura como áreas prioritárias de sua gestão. (Germano Lüders/Exame)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2023 às 19h01.

Última atualização em 13 de janeiro de 2023 às 10h08.

O economista Ilan Goldfajn tomou posse nesta quinta-feira, 12, como presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Em seu discurso na sede da instituição em Washington, ele afirmou que quer que o banco seja o principal parceiro de desenvolvimento confiável, ágil e importante da América Latina e Caribe.

Goldfajn prometeu “aproveitar todas as oportunidades de diálogo” e colaboração para construir consenso entre governos, setor privado e sociedade civil para ajudar a enfrentar problemas urgentes na América Latina e no Caribe, e atrair capital. “Neste momento de polarização e incerteza”, disse ele, “nosso futuro não depende de sermos confrontadores, mas de sermos mais colaborativos”.

Ele definiu as questões sociais, mudanças climáticas e mais investimentos em infraestrutura física e digital sustentável que impulsionarão a integração regional, como áreas prioritárias de sua gestão. Representantes de governos, instituições financeiras e setor privado estiveram presentes no evento.

O novo presidente do BID disse que as questões sociais serão uma área prioritária para o trabalho da instituição, incluindo pobreza, desigualdade em várias dimensões, necessidades de saúde e insegurança alimentar.

Ao abordar a mudança climática, Goldfajn disse que o BID vai se esforçar para facilitar o investimento na mitigação e adaptação climática e ajudar os países de forma mais ambiciosa a cumprir suas metas do Acordo de Paris.

A região atualmente experimenta três vezes mais eventos climáticos destrutivos a cada década do que 50 anos atrás. Esses eventos causam cerca de 10 vezes mais danos econômicos. “Precisamos ser mais responsivos, ágeis e criativos para lidar com eles”, afirmou.

Sobre o investimento em Infraestrutura, Goldfajn afirmou que se esforçará para garantir que os projetos do BID produzam resultados mais eficazes, com trabalho orientado por dados e evidências.

Ele também acredita que a América Latina e o Caribe podem contribuir para ajudar em alguns desafios globais, como a insegurança alimentar e a necessidade de energia limpa.

Leia o discurso de Ilan Goldfajn na íntegra

Boa tarde!

É muito bom começar o ano aqui com vocês, nossos amigos e colegas da América Latina e do Caribe e de tantos outros países.

Estimados Governadores e Diretores Executivos do Banco; embaixadores, membros do corpo diplomático e organizações multilaterais; funcionários do Governo e do Congresso dos EUA; funcionários de outros governos; membros da academia, centros de estudo e parceiros do setor privado; colegas do BID, BID Invest e BID Lab; amigos.

Obrigado por estarem aqui e por tudo que vocês fazem por esta grande instituição e pela Região a que servimos.

Hoje quero começar primeiro oferecendo uma visão geral dos desafios que a nossa Região e o nosso Banco enfrentam.

Segundo, discutirei como podemos ajudar a Região. Terceiro, falarei sobre minha visão para o Banco e minhas prioridades.

Mas antes quero explicar por que quis vir para o BID. Enfrentar esses desafios é um chamado. Quis vir para cá para atender a esse chamado. Minha motivação é simples: trata-se de um propósito.

Trabalhei no setor privado e na academia e sei que aqui, num banco multilateral de desenvolvimento como o BID, é o lugar onde podemos melhorar vidas em grande escala.

Não acho que “melhorar vidas” seja apenas um slogan.

Acredito que, trabalhando com afinco e aplicando o enfoque certo, podemos efetivamente atender as necessidades e aspirações dos habitantes da Região.

Eles precisam de melhores empregos, ruas mais seguras, serviços de saúde de qualidade, internet mais rápida, serviços públicos melhores, infraestrutura melhor e outros elementos essenciais da vida a que eles merecidamente aspiram.

E sim – também esperança no futuro.

Não consigo pensar numa instituição que possa ajudar melhor a região a cumprir essa esperança do que o BID.

Então aqui estou – aqui estamos – num momento histórico para a Região e para o BID.
Vocês todos sabem por que este momento é histórico.

Esta é uma época de crises superpostas sem precedentes: a primeira pandemia global em um século; a maior guerra terrestre na Europa desde a II Guerra Mundial; a mais alta inflação em muitos anos; insegurança alimentar e energética global; mudança climática.

As decisões que tomarmos — e as ações que realizarmos — ajudarão a definir a recuperação da Região e o progresso dos nossos povos por décadas.

O BID nasceu durante outro período de incerteza geopolítica e econômica: a Guerra Fria.
No fim dos anos 1950, como hoje, os líderes do hemisfério enfrentavam múltiplas crises: pobreza, desigualdade, doença e polarização.

Um desses líderes – um dos arquitetos do BID – foi o Presidente do Brasil, Juscelino Kubitschek.
Em 1958, antes da criação do BID, Kubitschek escreveu ao Presidente dos EUA, Dwight Eisenhower, instando a uma cooperação hemisférica mais estreita.

“É chegado o momento,” escreveu, “de nos perguntar se estamos ou não fazendo todo o possível, para estabelecer a ligação indestrutível de sentimentos, aspirações e interesses que a grave conjuntura mundial demanda.”

Hoje, as palavras de Kubitschek têm uma nova relevância. A região enfrenta desafios intricados.

Precisa abordar desigualdades sociais e atender demandas imediatas por serviços públicos melhores, mas tem recursos limitados.

Simultaneamente, precisa superar antigos problemas estruturais para aumentar a produtividade e o crescimento.

Nas duas últimas décadas, a Região cresceu 12 vezes menos que as economias emergentes da Ásia.
E nos cinco anos anteriores à pandemia, enquanto praticamente todos os países aumentaram seu produto, nossas economias encolheram.

Durante a pandemia, os déficits dobraram e a dívida pública disparou.

Hoje, o aumento dos custos de endividamento e o endurecimento das condições financeiras globais estão exercendo uma pressão ainda maior sobre os países-membros.

Isso torna ainda mais difícil para os países obter os recursos públicos de que necessitam para oferecer aos cidadãos os serviços que eles demandam.

Para atender essas demandas, devemos priorizar melhor os recursos disponíveis, acelerando o crescimento, aumentando a produtividade e impulsionando a inovação.

Tudo isso é necessário para abordar as questões sociais, atacar a pobreza e a desigualdade, em todas as suas dimensões.

Por gerações a desigualdade é uma mancha na nossa Região, mas a pandemia atingiu as mulheres e populações vulneráveis de maneira especialmente forte.

As famílias de baixa renda perderam três vezes mais empregos do que as famílias mais ricas e as mulheres registram taxas de desemprego mais altas do que antes da pandemia.

No ano passado, a pobreza extrema afetou 82 milhões de pessoas, revertendo um quarto de século de avanços.

Hoje, os níveis recordes de inflação estão afetando famílias que já estavam à beira de uma crise.
Além desses desafios, os países também precisam enfrentar a mudança climática, que já está provocando mais desastres naturais na região.

Antes de falar sobre minha visão e minhas prioridades, gostaria de reconhecer primeiro os elementos de que dispomos — e as coisas básicas que devemos reforçar — ao começar este novo capítulo do BID.

Nenhuma organização tem uma experiência ou presença local para trabalhar com os países da Região como a do BID.

Como um verdadeiro banco de conhecimento, o BID oferece know-how incomparável para melhorar as políticas públicas.

Mas acredito que podemos fazer mais.

Como disse aos nossos funcionários hoje de manhã, eu os ajudarei a expandir o trabalho do Grupo BID como a principal fonte de conhecimento para a Região e o parceiro preferido no campo da inovação.

Temos alguns dos melhores cérebros no mundo do desenvolvimento internacional. Somente quando se sentirem valorizados, respeitados e escutados poderemos realmente brilhar.

Não se trata apenas de uma questão de recursos humanos. É um imperativo operacional.

Quero que se sintam encorajados e habilitados a cocriar um Banco melhor, que atenda nossas metas de eficácia no desenvolvimento. Como lhes disse, podem contar comigo.

Como Presidente, apelarei às suas esperanças e aspirações. E assim fazendo prometo liderar com integridade para que, juntos, possamos gerar confiança e realizar mais para a América Latina e o Caribe.

Agora é hora de seguir adiante. Internamente, fomentaremos a confiança e abertura, uma abertura genuína. Criaremos um ambiente em que — começando comigo — escutaremos, aprenderemos e respeitaremos diferentes enfoques. E não um lugar de intolerância e polarização.

Começaremos criando um ambiente em que aprendemos com nossos êxitos e nossos fracassos. Isso implica um maior diálogo no Banco e com vocês, nossos parceiros e partes interessadas. Juntos, podemos criar um Grupo BID mais eficaz, que incentiva a cocriação de novas ideias.

A confiança é uma poderosa ferramenta para obter êxito. Será o alicerce do nosso trabalho dentro do Banco e com vocês. Tudo isso será baseado num compromisso com a meritocracia, ética e diversidade em todos os níveis.

Sejamos claros. Precisamos de um BID mais ágil e eficaz, baseado numa governança sólida. Um BID que coloca nossos clientes no centro do que fazemos e que se baseia em uma sólida estratégia de capital humano e uma transformação digital bem-sucedida.

É interessante observar que, mesmo neste contexto de polarização e incerteza que estamos vendo globalmente, há um consenso esmagador sobre a necessidade de um BID mais forte. Aproveitaremos isso para fortalecer o Grupo BID.

Minha visão é aproveitar o legado do Banco para assegurar que o BID seja a mais importante instituição multilateral de desenvolvimento para a América Latina e o Caribe.

Devemos ser o parceiro mais confiável da Região. Um centro de expertise e conhecimento. Um farol de soluções inovadoras para os desafios da nossa Região. Os funcionários devem estar orgulhosos da instituição em que trabalham.

Há pelo menos três elementos para concretizar essa visão. Primeiro, o BID aspirará a ser muito melhor na obtenção de resultados efetivos.

Devemos ser mais eficazes em tirar as pessoas da pobreza, reduzir todos os tipos de desigualdade, abordar a mudança climática, aumentar a produtividade, acelerar o crescimento e criar oportunidades econômicas para os países-membros.

Nosso trabalho será movido a dados e evidências. Em 2021, somente 53% dos projetos do BID concluídos e avaliados pelo Escritório de Avaliação e Supervisão receberam classificação positiva.
Podemos e devemos fazer melhor.

Para isso, precisamos medir melhor nosso impacto e proporcionar incentivos, processos e políticas na medida certa. Isso implica uma colaboração estreita e criativa com o setor privado para mobilizar capital e ter um impacto efetivo no desenvolvimento.

No final, o que realmente importa não é apenas quantos empréstimos aprovamos ou quanto emprestamos.

O mais importante é ter um impacto tangível e mensurável no desenvolvimento. Por isso, pretendo liderar um esforço de todo o Banco para obter resultados mais efetivos.

Precisamos ser eficientes internamente. Se assegurarmos que nosso trabalho não seja isolado, duplicado ou fragmentado, isso nos permitirá abordar melhor os problemas da Região.

A segunda chave para concretizar essa visão é continuar aumentando as operações no setor privado.
Planejamos avançar na implementação das reformas do BID Invest e BID Lab que a Assembleia de Governadores aprovou no ano passado, proporcionando planos que nos permitam liberar seu grande potencial.

Devemos assegurar que as operações no setor privado tenham um impacto efetivo no desenvolvimento, fornecendo bens públicos para a Região.

Terceiro, devemos usar e alavancar melhor nosso capital. Como um grupo, asseguraremos que estamos usando nosso capital para maximizar seu impacto, em conformidade com as diretrizes de adequação, e planejaremos o futuro crescimento a partir dessa base sólida.

Agora gostaria de falar sobre nossa visão para a região. Os vastos recursos naturais e o espírito empreendedor da América Latina e do Caribe oferecem um enorme potencial.
Só precisamos ativá-lo de forma sustentável.

Nossa visão inclui posicionar a América Latina e o Caribe como um espaço de novas soluções para desafios globais comuns, como a insegurança alimentar e a necessidade de energia limpa.

Por exemplo, se produzirmos mais energia limpa com maior eficiência, beneficiando nossa Região, mas também outros países e regiões, ajudaremos o mundo a chegar mais perto de atingir os objetivos climáticos de Paris.

Nossa Iniciativa Amazônia, que visa a empoderar comunidades indígenas promovendo o florestamento, a bioeconomia e a agricultura sustentável, beneficiará os países da Região e, ao mesmo tempo, ajudará o mundo a proteger a biodiversidade e abordar o aquecimento global.

Quando ajudamos os países a reduzir os custos do comércio e transporte, reduzimos o preço dos alimentos – e aliviamos a insegurança alimentar na região e no mundo.

Também acreditamos que o BID seja particularmente apto para promover projetos físicos e digitais que impulsionem a integração regional.

Nossa visão inclui apoio a políticas que aumentam a produtividade e promovem o crescimento inclusivo, para aproveitar totalmente a rica diversidade de nossa Região. Para isso, devemos pensar de forma mais criativa sobre a maneira como os novos acontecimentos redefinem velhos problemas.

Por exemplo, recentemente, Chat GPT, um novo e extraordinário chatbot de inteligência artificial, foi lançado. Como podemos ajudar a Região a assegurar que as pessoas tenham as habilidades certas para se desenvolver nesta nova era?

Há também um valor subjacente que sustenta nossa visão: promover o estado de direito e instituições democráticas eficazes que são cruciais para o desenvolvimento. É essencial ter isso em mente nos dias que correm.

Como alguns de vocês já ouviram, quando tudo é prioritário, nada é prioritário. Por isso, nossas prioridades se concentram nas seguintes áreas, que serão discutidas como possíveis elementos da próxima estratégia institucional ampla do Banco.

Primeiro, enfatizamos questões sociais, incluindo pobreza, desigualdade em várias dimensões, necessidades na área da saúde e insegurança alimentar, que estão relacionadas.

Apesar de uma queda maciça da desigualdade de renda nos anos 2000, a desigualdade continua incrivelmente alta.

Na América Latina e no Caribe, a diferença de renda entre os 10% superiores e os 10% inferiores era duas vezes maior do que em países com nível de desenvolvimento semelhante antes da pandemia.

Se não agirmos de forma audaciosa, o impacto dos recentes fechamentos de escolas pode ampliar de forma permanente a desigualdade de renda e os níveis educacionais de toda uma geração de crianças.
Na região, cerca de 200 milhões de pessoas são pobres e 60 milhões passam fome.

Na semana passada, a ONU informou que os preços globais de alimentos subiram e são os mais caros desde 1990.

A segunda prioridade é o clima. Precisamos facilitar o investimento em mitigação e adaptação climática e mais ambiciosamente ajudar os países a atingir suas metas de forma responsável.

Hoje, nossa Região sofre três vezes mais eventos climáticos destrutivos por década do que há 50 anos. Esses eventos causam cerca de 10 vezes mais danos econômicos. Devemos ser mais responsivos, ágeis e criativos para lidar com eles.

Terceiro, devemos investir mais em infraestrutura física e digital sustentável e aumentar a produtividade.
Entre 2008 e 2017, a América Latina e o Caribe investiram somente 2,8% do PIB em infraestrutura – isso é metade do que os países do Leste Asiático e do Pacífico investiram.

Além do trabalho tradicional de construir pontes e portos, precisamos investir mais em infraestrutura digital.

Hoje, nossa velocidade de banda larga móvel é 10 vezes mais lenta que a dos países da OCDE. Isso impede o crescimento.

O investimento em infraestrutura digital melhorará não só a conectividade, mas também os serviços públicos, as oportunidades educacionais e o crescimento de pequenas empresas.

Para ajudar a abordar essas prioridades, planejamos estimular e elevar o papel de duas áreas muito importantes do Grupo BID: uma é o clima e a outra é gênero, diversidade e inclusão. Tornaremos essas áreas centrais no BID.

Queria concluir dizendo que estamos só começando. Não tenho todas as respostas. Mas, após discutir os desafios que enfrentamos, assim como minha visão para o BID e a Região, e nossas prioridades, posso dizer que estou ansioso a liderar esta instituição. Acredito que uma liderança bem-sucedida é uma liderança colaborativa.

Um dos desafios que o mundo e a nossa Região enfrentam é a falta de diálogo e a crescente polarização. Deixamos nossas diferenças ofuscarem nossos interesses comuns.

Como Presidente do BID, planejo aproveitar todas as oportunidades de diálogo na Região e com países-membros extrarregionais, entre países pequenos e grandes, entre países da América do Sul, Central e do Norte.

Também promoverei um maior diálogo com nossos parceiros do setor privado, centros de estudo e sociedade civil.

Neste momento de polarização e incerteza, nosso futuro depende de não sermos confrontantes, mas de sermos mais colaborativos.

O BID se destacará não por impor nossas visões sobre os outros, mas por valorizar diferentes opiniões. Teremos êxito inspirando o diálogo e a transparência que fomentam a confiança e promovem a prosperidade.

Se vocês viram minha conta no Twitter, viram o vídeo do meu sósia dançando num concerto.
Infelizmente, não sou eu — bem que eu gostaria de dançar assim — mas todos podemos aprender algo com ele. Quero que todos se inspirem nesse cara e tragam o mesmo entusiasmo e agilidade para o BID.

Juntos, podemos reenergizar o BID e cumprir melhor nossa nobre missão. A Região está contando com a nossa energia, agilidade e paixão para levar o Banco ao próximo nível.

Então, hoje eu peço a vocês que, por favor, juntem-se a mim. Juntem-se a mim no diálogo e na colaboração. Juntem-se a mim em se inspirar pelo que podemos realizar juntos. Juntem-se a mim em trabalhar para trazer à tona o melhor deste Banco e da Região. Juntem-se a mim em trabalhar para melhorar a vida de milhões de pessoas que podemos nunca conhecer, mas que estão contando conosco.

Os desafios do BID e os maiores problemas da Região não surgiram da noite para o dia e nós não vamos resolvê-los em um dia. Então, peço a sua ajuda, mas peço também paciência e persistência.

Hoje, temos uma oportunidade incrível de elevar as expectativas para o futuro e criar esperança desde o começo.

Há algumas décadas, quando o Presidente do Brasil, Kubitschek, escreveu ao Presidente Eisenhower, ele perguntou se estavam fazendo o melhor possível para unir a Região, para ajudá-la a superar seus desafios e concretizar as aspirações de seus povos.

Hoje, eu peço que se juntem a mim para atender ao apelo de Kubitschek. Juntem-se a mim para que, juntos, possamos assegurar que estamos fazendo o melhor possível para levantar nosso povo e nossa Região.

Obrigado.

Acompanhe tudo sobre:Banco Interamericano de DesenvolvimentoIlan Goldfajn

Mais de Brasil

Censo 2022: Rocinha volta a ser considerada a maior favela do Brasil

Censo 2022: favelas de São Paulo ganharam quase um milhão de moradores nos últimos 12 anos

Pretos e pardos representam 72,9% dos moradores de favelas, indica Censo

Censo 2022: veja o ranking das 20 favelas mais populosas do Brasil