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Ideli pede que aliados não votem impactos para o Orçamento

Ministra pediu aos governistas que não votem projetos que juntos podem ter impacto anual de 60 bilhões de reais nas contas públicas


	Ideli Salvatti: ministra disse que nem sempre os desejos do Executivo coincidem com os do Legislativo
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Ideli Salvatti: ministra disse que nem sempre os desejos do Executivo coincidem com os do Legislativo (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2013 às 17h33.

Brasília - A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, pediu nesta terça-feira aos governistas da Câmara dos Deputados que não votem projetos que juntos podem ter impacto anual de 60 bilhões de reais nas contas públicas, entre eles o que estabelece um piso salarial para os agentes de saúde.

Em resposta, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse que nem sempre os desejos do Executivo coincidem com os do Legislativo e disse que pretende colocar em votação o piso dos agentes de saúde em 12 de novembro.

Ideli se reuniu com líderes de partidos da base aliada na Câmara nesta terça-feira e, depois de fazer o pedido aos congressistas, lembrou que para toda despesa aprovada deve haver uma fonte de receita indicada.

"Isto é uma regra que vale para as pessoas, vale para as famílias, ninguém gasta mais do que ganha. E vale muito mais ainda para governos. Os governos têm de ter a responsabilidade de gastar conforme a arrecadação permite", disse a ministra.

"Nós temos uma somatória de projetos aí que podem ultrapassar a casa de 50 (bilhões de reais), 60 (bilhões de reais), ou até mais bilhões ao ano, coisa que é absolutamente impossível de ser sustentada pela arrecadação", acrescentou.

Alves, por sua vez, lembrou que as demandas do governo e dos parlamentares nem sempre são as mesmas, mas prometeu que a responsabilidade fiscal será levada em conta no momento de definir quais matérias serão votadas pela Casa.

"Vejo que há demandas do Executivo e demandas do Legislativo que nem sempre obrigatoriamente casam. Muitas vezes, demandas do Executivo a gente aprecia, ajuda, aperfeiçoa, muda, corrige, mas tem coisas que são demandas do Legislativo, dos deputados pelas bases do país, dos municípios, dos Estados", disse Alves.

"Temos que apreciar com muita responsabilidade, muito cuidado, muito zelo, sobretudo no que diz respeito a responsabilidade fiscal, que é dever de todo brasileiro", assegurou o presidente da Câmara.

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