Durante a ação, foram apreendidos ainda três embarcações, duas armas de fogo e 5 mil litros de combustível que são usados para mover o maquinário que extrai os minérios do solo amazônico (Andressa Anholete/Getty Images)
Agência O Globo
Publicado em 8 de fevereiro de 2023 às 13h12.
Última atualização em 9 de fevereiro de 2023 às 07h51.
Agentes do Ibama iniciaram nesta semana a operação para a retomada do território Yanomami, em Roraima. Até agora, agentes do órgão ambiental destruíram um helicóptero, um avião, um trator de esteira e estruturas de apoio logístico ao garimpo de ouro.
Durante a ação, foram apreendidos ainda três embarcações, duas armas de fogo e 5 mil litros de combustível que são usados para mover o maquinário que extrai os minérios do solo amazônico.
Como parte da operação de "asfixia logística", o Ibama e a Força Nacional instalaram uma base de controle no rio Uraricoera para impedir o fluxo de insumos aos campos de garimpo.
As "voadeiras" interceptadas - embarcações de alta velocidade utilizadas na atividade ilegal - transportavam uma tonelada de alimentos, freezers, geradores de energia elétrica e antenas de internet. O Ibama informou que esses equipamentos serão aproveitados para manter a base de controle montada no rio.
As bases têm a função de impedir o acesso de embarcações munidas de combustível e equipamentos na reserva indígena. Outras devem ser montadas dentro do território com o auxílio de agentes da Funai.
Do ar, o Grupo Especializado de Fiscalização (GEF) do Ibama passou os últimos dias sobrevoando pistas de pouso clandestinas e rastreando equipamentos a serem destruídos - foi assim que foram achados a aeronave e o helicóptero incendiados. Segundo o órgão, o trator inutilizado era utilizado pelos garimpeiros para abrirem caminhos pela floresta fechada.