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Horário de verão: 47% são favoráveis a adiantar o relógio; veja o que se sabe sobre a decisão

Segundo Datafolha, o apoio à mudança no relógio nunca esteve tão baixo desde 2017

Agência o Globo
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Publicado em 15 de outubro de 2024 às 10h33.

Última atualização em 15 de outubro de 2024 às 10h38.

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Com a volta do horário de verão, as opiniões dos brasileiros sobre a mudança nunca foi tão baixa a adesão à mudança no relógio. Segundo pesquisa do Datafolha realizada nos dias 7 e 8 de outubro, 47% das pessoas são favoráveis ao horário de verão, enquanto outros 47% são contra, e 6% se dizem indiferentes. O levantamento ouviu 2.029 pessoas em 113 cidades, com uma margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou na última semana que a decisão final sobre o retorno do horário de verão será tomada nesta terça-feira, 15. O prazo é o último para que a mudança seja implementada ainda este ano.

"O horário de verão é extremamente transversal. Se for imprescindível, ele será [adotado neste ano], mesmo sabendo que divide opiniões em todo o Brasil", afirmou Silveira a jornalistas em Brasília no dia 8.

De acordo como o Datafolha, o apoio ao horário de verão tem caído nos últimos anos. Em 2017, 58% dos entrevistados eram favoráveis à mudança, número que caiu para 55% em 2021. Hoje, o apoio se iguala à rejeição, indicando que a popularidade da medida está em declínio.

Em setores como o aéreo, o governo precisaria conceder 20 dias para adaptação ao horário de verão, caso a mudança seja adotada. A decisão, que conta com o aval do presidente Lula, será baseada na avaliação de riscos energéticos. Com a falta de chuva elevando o custo da energia, o horário de verão é uma das alternativas em discussão, junto à ampliação das autorizações para o uso de usinas termelétricas a gás.

Entre os homens, 50% são a favor do horário de verão e 45% são contra. Já entre as mulheres, 49% se opõem e 44% apoiam a mudança. Os mais jovens, de 16 a 24 anos, são os que mais aprovam a medida (62%), enquanto a maioria dos idosos, com 60 anos ou mais, é contra (55%).

Na análise por faixa etária, a pesquisa revela que 62% dos jovens de 16 a 24 anos apoiam o horário de verão, enquanto 30% são contrários. Em contraste, entre os entrevistados com 60 anos ou mais, 38% se dizem favoráveis e 55% se posicionam contra a medida. A margem de erro para esse recorte é de até cinco pontos percentuais.

A divisão regional também é evidente. No Nordeste, 51% são a favor, e no Sul, 52%. No Sudeste, entretanto, a maioria (51%) é contrária à medida.

Entre os eleitores que votaram no presidente Lula no segundo turno de 2022, 52% apoiam o horário de verão, enquanto 43% se posicionam contra. Já entre os que escolheram Jair Bolsonaro (PL) na mesma disputa, 55% rejeitam a medida, e 38% são a favor. As margens de erro para esses grupos são de 3 e 4 pontos percentuais, respectivamente.

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