PCC: Cláudio Roberto estava foragido da Justiça desde 2017 após receber habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (Josemar Goncalves/Reuters)
Agência Brasil
Publicado em 24 de julho de 2018 às 12h34.
Foragido da Justiça desde 2017 após receber habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF), Cláudio Roberto Ferreira, de 38 anos, conhecido por ser um dos assaltantes de banco ligados ao crime organizado em São Paulo, foi executado na noite de ontem (23) dentro de seu veículo. Ele sofreu uma emboscada, sendo atingido por vários disparos de fuzil que furaram a blindagem do veículo.
Ferreira era condenado em segunda instância a 65 anos de prisão, em regime fechado, sob acusação de roubo, latrocínio e organização criminosa. Ele havia saído da penitenciária após receber o habeas corpus, depois revogado, e não se apresentou novamente à Justiça.
A emboscada ocorreu no bairro do Tatuapé, na zona leste da capital paulista. O local é o mesmo onde dois outros suspeitos de integrar a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) foram executados, no primeiro semestre.
Testemunhas ouvidas pela Polícia Militar relatam que dois veículos foram enfileirados ao lado do carro de Ferreira e quatro pessoas desceram para efetuar os disparos. Os policiais encontraram o veículo blindado, modelo importado Audi Q3, com diversas perfurações nas laterais e muitas cápsulas ao redor.
A vítima foi encontrada no interior, com ferimentos na cabeça e no corpo. Como as portas e janelas estavam travadas, foi necessário apoio do Corpo de Bombeiros. Ele foi levado para um pronto-socorro, onde já chegou morto.
Dentro do carro da vítima, havia uma mochila com cinco celulares, dois envelopes com dinheiro e um documento de identidade falso. O veículo e os objetos foram apreendidos. O caso será investigado como homicídio qualificado pelo 30o Distrito Policial de São Paulo.