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Hillary Clinton: "As mulheres têm o direito de decidir quando e se terão filhos"

Derrotados pelo Vaticano na Rio+20, EUA saem em defesa dos direitos reprodutivos da mulher. "Vamos trabalhar para assegurar que os direitos sejam respeitados nos encontros internacionais", disse a secretária de estado

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, participa do lançamento de novo mecanismo de financiamento para a energia limpa EUA-Africa, durante a Rio+20 (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2012 às 22h02.

Rio de Janeiro - Derrotados pela Igreja na garantia dos direitos reprodutivos das mulheres no documento final da Rio+20, os Estados Unidos mostraram insatisfação durante discuro para os chefes de estado durante a reunião de cúpula.

"As mulheres precisam ser fortalecidas no sentido de tomarem decisões sobre e e quando querem ter filhos", disse Hillary Clinton, secretária de estado dos EUA, aplaudida pela plenária. O discurso funciona, assim, como o ponto mais marcante da participação dos EUA na conferência. Ao todo, a secretária vai passar menos de 20 horas no Rio.

O embate entre os Estados Unidos e o Vaticano se dá principalmente a partir da decisão do presidente Barack Obama de incluir a pílula do dia seguinte no programa de saúde pública do país, com recursos para reembolsar as mulheres que queiram fazer uso desse método contraceptivo.

Hillary defendeu que é preciso agir sobre "as claras evidências de que as mulheres são essenciais e representam a força motora do desenvolvimento sustentável". Apesar de o documento final atender as questões de saúde reprodutiva e acesso familiar, disse Hillary, "temos que também assegurar o direito reprodutivo das mulheres. Os EUA vão trabalhar para assegurar que os direitos sejam respeitados nos encontros internacionais".


No discurso, Hillary elogiou a liderança brasileira. "Graças ao Brasil conseguimos reunir um documento final que marca um grande avanço para o desenvolvimento sustentável", disse. Contudo, rebateu críticas de que as responsabilidades para promover o desenvolvimento sustentável do planeta seriam comuns a todos os países, porém diferenciadas quando se tratando de ricos e pobres. "Sabemos que passamos por um momento dos mais difíceis porque a forma como vamos crescer no futuro não é problema de alguns, mas de todos."

A secretária de estado americano atacou a posição tradicional e conservadora de alguns países. "Apesar de às vezes discordamos, concordamos em princípios básicos. Não podemos ser limitados pela ortodoxia do passado. Podemos e devemos tomar decisões com base na pesquisa científica sobre o que funciona para o desenvolvimetno sustentável."

Para Hillary, o resultado mais importante da conferência é o exemplo de uma nova forma de se pensar que levará a modelos importantes para ações futuras. Citou Steve Jobs. "Deve-se dizer que as pessoas sairão daqui, como disse Steve Jobs, não pensando apenas grande, mas diferente."

A democrata finalizou o discurso dizendo: "Seremos julgados não pelo que falamos ou pelo que pretendemos fazer, mas pelos resultados produzidos. Não temos condição de arcar com o fracasso."

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Rio de Janeiro - Derrotados pela Igreja na garantia dos direitos reprodutivos das mulheres no documento final da Rio+20, os Estados Unidos mostraram insatisfação durante discuro para os chefes de estado durante a reunião de cúpula.

"As mulheres precisam ser fortalecidas no sentido de tomarem decisões sobre e e quando querem ter filhos", disse Hillary Clinton, secretária de estado dos EUA, aplaudida pela plenária. O discurso funciona, assim, como o ponto mais marcante da participação dos EUA na conferência. Ao todo, a secretária vai passar menos de 20 horas no Rio.

O embate entre os Estados Unidos e o Vaticano se dá principalmente a partir da decisão do presidente Barack Obama de incluir a pílula do dia seguinte no programa de saúde pública do país, com recursos para reembolsar as mulheres que queiram fazer uso desse método contraceptivo.

Hillary defendeu que é preciso agir sobre "as claras evidências de que as mulheres são essenciais e representam a força motora do desenvolvimento sustentável". Apesar de o documento final atender as questões de saúde reprodutiva e acesso familiar, disse Hillary, "temos que também assegurar o direito reprodutivo das mulheres. Os EUA vão trabalhar para assegurar que os direitos sejam respeitados nos encontros internacionais".


No discurso, Hillary elogiou a liderança brasileira. "Graças ao Brasil conseguimos reunir um documento final que marca um grande avanço para o desenvolvimento sustentável", disse. Contudo, rebateu críticas de que as responsabilidades para promover o desenvolvimento sustentável do planeta seriam comuns a todos os países, porém diferenciadas quando se tratando de ricos e pobres. "Sabemos que passamos por um momento dos mais difíceis porque a forma como vamos crescer no futuro não é problema de alguns, mas de todos."

A secretária de estado americano atacou a posição tradicional e conservadora de alguns países. "Apesar de às vezes discordamos, concordamos em princípios básicos. Não podemos ser limitados pela ortodoxia do passado. Podemos e devemos tomar decisões com base na pesquisa científica sobre o que funciona para o desenvolvimetno sustentável."

Para Hillary, o resultado mais importante da conferência é o exemplo de uma nova forma de se pensar que levará a modelos importantes para ações futuras. Citou Steve Jobs. "Deve-se dizer que as pessoas sairão daqui, como disse Steve Jobs, não pensando apenas grande, mas diferente."

A democrata finalizou o discurso dizendo: "Seremos julgados não pelo que falamos ou pelo que pretendemos fazer, mas pelos resultados produzidos. Não temos condição de arcar com o fracasso."

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