Henrique Meirelles começa campanha de olho na cadeira presidencial
ÀS SETE - Com o slogan "Tem problema? Chama o Meirelles”, o ex-ministro da Fazenda inicia seu périplo eleitoral pelo Sul do Brasil
Da Redação
Publicado em 10 de maio de 2018 às 06h10.
Última atualização em 10 de maio de 2018 às 07h24.
O ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles , botou o bloco na rua. Nesta quinta-feira, o emedebista inicia seu périplo eleitoral pelo Sul do Brasil. Meirelles vai a Curitiba para uma palestra a empresários do Lide, grupo empresarial ligado ao candidato ao governo de São Paulo João Doria (PSDB), e, de lá, para a Conferência da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais em Gramado, Rio Grande do Sul.
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Ontem, o ex-ministro participou de reunião com o concorrente de Doria e presidente da Fiesp, Paulo Skaf (MDB). Antes, palestrou em evento da Insper Jr. Consulting, empresa júnior da escola de negócios paulista.
Meirelles deu o desenho de sua pré-campanha: fez questão de rechaçar a posição de vice-presidente em uma coligação de centro com o PSDB e adiantou como pretende convencer o eleitorado a embarcar em sua agenda.
Aos estudantes, o ex-ministro disse que Dilma Rousseff deu o exemplo perfeito do que acontece na prática quando há descuido com a política econômica. Citou emprego, inflação e renda como seus pilares. “Dilma prestou um serviço. Hoje, a população entende os efeitos dos erros bem aplicados ao dia a dia”, disse.
Meirelles também foi o único dos pré-candidatos a “comemorar” a desistência de Joaquim Barbosa (PSB) de concorrer à Presidência da República. Em sua visão, ele e Barbosa disputam eleitores porque estão no restrito grupo de candidatos com “passado limpo” e com um histórico profissional de “sucesso”.
“O Brasil teve problemas, o Lula chamou o Meirelles e o país cresceu. Quando saí, voltou a ter problemas”, disse. “Temer chamou o Meirelles, o país voltou a crescer. Está aí o slogan: ‘Tem problema? Chama o Meirelles’”.
O problema agora é sair do 1% de intenção de voto. Se não conseguir avançar alguns pontos nas pesquisas, a campanha de Meirelles pode naufragar junto com a de Michel Temer, outro pré-candidato do MDB.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, publicada hoje, o presidente do partido, Romero Jucá, confirma que o partido pode não ter candidato a presidente em prol de focar na eleição de uma grande bancada parlamentar. Meirelles corre contra o tempo.