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Helicópteros do Brasil chegam à Colômbia para resgatar reféns

As aeronaves pousaram em Villavicencio, 70 quilômetros a sudeste de Bogotá, de onde partirão na quarta-feira para um local desconhecido na selva

Missão pronta para resgatar 1º dos 5 reféns que serão libertados pelas Farc
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Da Redação

Publicado em 8 de fevereiro de 2011 às 21h40.

Villavencio - Dois helicópteros procedentes do Brasil chegaram na terça-feira à Colômbia com uma missão humanitária que receberá três militares e dois políticos mantidos em cativeiro pela guerrilha Farc na selva do país.

As aeronaves pousaram em Villavicencio, 70 quilômetros a sudeste de Bogotá, de onde partirão na quarta-feira para um local desconhecido na selva, a fim de recolher o vereador Marcos Vaquero, do município de San José del Guaviare, que está sequestrado desde junho de 2009. Vaquero será deixado então na cidade de Florencia, capital do Departamento do Caquetá.

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Em seguida, a missão humanitária liderada pela ex-senadora colombiana Piedad Córdoba irá de novo à selva recolher o vereador Armando Acuña, do município de Garzón, e o soldado da Marinha Henry López.

A última etapa da missão, no domingo, será a cidade de Ibagué, de onde os helicópteros brasileiros partirão para receber o major da polícia Guillermo Solórzano e o suboficial do Exército Salín Antonio Sanmiguel.

Nas três regiões, as Forças Armadas suspenderão suas operações durante 36 horas, incluindo os sobrevoos, de forma a cumprir um protocolo de segurança firmado com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

Depois da libertação, a guerrilha manterá cerca de 15 militares como reféns.

Córdoba, que teve o mandato cassado no ano passado por suspeita de ligação com a guerrilha, disse que os demais reféns poderão ser libertados até junho.

A negociação em torno deles gerou a expectativa de um processo de paz entre o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), mas o presidente Juan Manuel Santos já alertou que a devolução dos prisioneiros é apenas uma das exigências que o grupo armado teria de cumprir.

"Isso não basta. Os colombianos exigimos, demandamos a imediata libertação de todos os sequestrados. Para começar a pensar na possibilidade de diálogo são necessários fatos contundentes: renúncia ao terrorismo, ao sequestro, ao narcotráfico, à extorsão e à intimidação", disse Santos na segunda-feira à noite.

O Brasil, que no começo de 2009 e no ano passado participou da entrega de outros reféns, aceitou servir como facilitador com os helicópteros e as tripulações para receber três militares e dois políticos depois que a guerrilha aceitou as garantias de segurança oferecidas pelo governo.

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