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Haddad minimiza decisão da Justiça de paralisar ciclovias

"Não nos interessa esse antagonismo entre os ciclistas e a promotoria", disse o prefeito

Fernando Haddad: ele disse que a Prefeitura já está com o estudo de impacto no trânsito, formulado pela CET, concluído (Paulo Fridman/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de março de 2015 às 14h06.

São Paulo - O prefeito de São Paulo , Fernando Haddad (PT), minimizou a decisão da Justiça de paralisar obras de ciclovias na cidade, a partir de uma ação do Ministério Público Estadual (MPE).

"A promotora e os ciclistas tiveram um desentendimento. Vamos mediar esse conflito, não nos interessa esse antagonismo entre os ciclistas e a promotoria", disse Haddad, durante uma visita técnica que fazia na zona norte da capital, nesta sexta-feira, 20.

Perguntado sobre a ação ser essencialmente contra a Prefeitura, por questionar o planejamento das ciclovias e a realização de estudos de impacto de trânsito, Haddad respondeu que a Prefeitura representa o interesse dos cidadãos e que protege os ciclistas na construção da malha de ciclovias.

Sobre os estudos de impacto exigidos na ação, Haddad disse haver um equívoco na interpretação do MPE, pois as ciclovias não causam impacto no trânsito, por serem construídas em canteiros centrais e em vagas de estacionamento, e, portanto, não exigem esse tipo de estudo.

"As ciclovias estão sendo feitas ou em canteiro central ou em vaga de estacionamento, não está havendo supressão de faixa de rolamento. Esse é o equívoco que está sendo cometido e que nós vamos esclarecer", afirmou o prefeito.

"É isso que vamos levar em consideração ao juiz: estudo de impacto do trânsito é quando tem supressão de faixa de rolamento. Por isso consideramos a decisão dele sensata. Porque, se ficar restrita à questão da supressão de faixa de rolamento, está correto. Agora, quando não é o caso, não faz sentido a pergunta", complementou.

Pouco depois, contudo, o prefeito admitiu que há uma minoria de casos de ciclovias que afetam faixas de rolamento.

Haddad disse que a Prefeitura já está com o estudo de impacto no trânsito, formulado pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), concluído. A Justiça deu prazo de 60 dias para o prefeito entregar os documentos.

Perguntado se o Ministério Público poderia ter motivação política ao apresentar a ação contra as ciclovias, um dos principais projetos de sua gestão, Haddad negou. "Jamais faria essa afirmação."

O prefeito afirmou ainda que a imprensa faz campanha contra as ciclovias. "Com toda campanha contra que vocês (jornalistas) fazem, 66% da população aprova as ciclovias", disse, referindo-se ao resultado da última pesquisa Datafolha sobre o tema.

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São Paulo - O prefeito de São Paulo , Fernando Haddad (PT), minimizou a decisão da Justiça de paralisar obras de ciclovias na cidade, a partir de uma ação do Ministério Público Estadual (MPE).

"A promotora e os ciclistas tiveram um desentendimento. Vamos mediar esse conflito, não nos interessa esse antagonismo entre os ciclistas e a promotoria", disse Haddad, durante uma visita técnica que fazia na zona norte da capital, nesta sexta-feira, 20.

Perguntado sobre a ação ser essencialmente contra a Prefeitura, por questionar o planejamento das ciclovias e a realização de estudos de impacto de trânsito, Haddad respondeu que a Prefeitura representa o interesse dos cidadãos e que protege os ciclistas na construção da malha de ciclovias.

Sobre os estudos de impacto exigidos na ação, Haddad disse haver um equívoco na interpretação do MPE, pois as ciclovias não causam impacto no trânsito, por serem construídas em canteiros centrais e em vagas de estacionamento, e, portanto, não exigem esse tipo de estudo.

"As ciclovias estão sendo feitas ou em canteiro central ou em vaga de estacionamento, não está havendo supressão de faixa de rolamento. Esse é o equívoco que está sendo cometido e que nós vamos esclarecer", afirmou o prefeito.

"É isso que vamos levar em consideração ao juiz: estudo de impacto do trânsito é quando tem supressão de faixa de rolamento. Por isso consideramos a decisão dele sensata. Porque, se ficar restrita à questão da supressão de faixa de rolamento, está correto. Agora, quando não é o caso, não faz sentido a pergunta", complementou.

Pouco depois, contudo, o prefeito admitiu que há uma minoria de casos de ciclovias que afetam faixas de rolamento.

Haddad disse que a Prefeitura já está com o estudo de impacto no trânsito, formulado pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), concluído. A Justiça deu prazo de 60 dias para o prefeito entregar os documentos.

Perguntado se o Ministério Público poderia ter motivação política ao apresentar a ação contra as ciclovias, um dos principais projetos de sua gestão, Haddad negou. "Jamais faria essa afirmação."

O prefeito afirmou ainda que a imprensa faz campanha contra as ciclovias. "Com toda campanha contra que vocês (jornalistas) fazem, 66% da população aprova as ciclovias", disse, referindo-se ao resultado da última pesquisa Datafolha sobre o tema.

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