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Haddad inclui Parada LGBT no calendário oficial de São Paulo

O prefeito de São Paulo assinou decreto colocando a parada no calendário oficial de eventos do município


	Fernando Haddad, prefeito de São Paulo: Haddad informou que o mínimo que se podia fazer pela Parada do Orgulho LGBT após 20 anos seria lembrar de incluí-lo no calendário oficial da cidade
 (Paulo Fridman/Bloomberg)

Fernando Haddad, prefeito de São Paulo: Haddad informou que o mínimo que se podia fazer pela Parada do Orgulho LGBT após 20 anos seria lembrar de incluí-lo no calendário oficial da cidade (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 24 de maio de 2016 às 17h38.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, assinou hoje (24) um decreto colocando a Parada do Orgulho LGBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Transsexuais) no calendário oficial de eventos do município.

A 20ª edição do evento ocorre domingo (28) com o tema “Lei de Identidade de Gênero Já! Todas as pessoas contra a transfobia”.

A ideia é dar visibilidade ao segmento T, ou seja, travestis, mulheres e homens transsexuais, com foco na luta pelos direitos civis e por menos preconceito da sociedade. Além da tradicional bandeira do arco-íris, a parada terá a bandeira do movimento T, com as cores azul, rosa e branco.

“Conseguimos vários direitos ao longo desses anos. O direito de sair da invisibilidade, de demonstrar nossa afetividade em público, pensão por morte, casamento, união estável e planos de saúde. Mas tudo isso veio pelo Judiciário e hoje queremos que o Legislativo faça algo pela comunidade LGBT. Queremos que aprove uma lei que beneficie o segmento T, com a mudança da identidade de gênero”, disse o presidente da Associação da Parada do Orgulho LGBT (APOLGBT), Fernando Quaresma.

Quaresma não deu uma previsão de público, mas destacou que a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo entrou em 2006 para o livro dos recordes como a maior do mundo.

“O importante é termos muitas pessoas reivindicando igualdade de direitos e comemorando em um dia a luta de 364 dias do ano. Não temos mais expectativa de público, mas sabemos que é a maior do mundo. A importância da parada não é a quantidade de gente, mas os ideais que buscamos para nossa luta”, acrescentou.

Durante a parada, o movimento também lançará nas redes sociais a campanha Marque-se, pedindo para as pessoas marcarem seu rosto com as cores da bandeira trans (azul, rosa e branco), fotografarem e publicarem as fotos em suas rede sociais, a hashtag #ChegaDeTransfobia.

De acordo com Líbia Miranda, da empresa Four X, uma das organizadoras do evento, serão 17 trios elétricos desfilando pela Avenida Paulista desde o meio dia. O último sairá no sentido Consolação às 16h. Entre as atrações previstas estão a dupla Pepê e Nenem, Aline Rosa e 30 djs, além de atrações surpresa, uma no último trio e uma no show de encerramento que acontecerá no Vale do Anhangabaú.

Entre os eventos que antecedem a parada estão a conhecida Feira Cultural LGBT, no Anhangabaú, das 10h às 22h, no dia 26. A feira já tem 16 anos.

Ao todo são 60 tendas, com produtos de variados segmentos, além de oficinas culturais, aulas de samba, samba rock e dança afro, espaço para adoção de cães e gatos, artesanato equatoriano e peruano e um bate-papo com escritores especializados em literatura com temática LGBT.

Haverá ainda tendas para divulgação dos trabalhos de organizações não-governamentais (ONGs) e entidades que apoiam a causa LGBT. “Para esse evento, estimamos 100 mil pessoas. O objetivo é propagar a cultura LGBT, fazer com que as famílias participem, porque é um evento aberto e gratuito”.

Prêmio

No dia 27, a partir das 19h, haverá a cerimônia de entrega do Prêmio de Cidadania e Incentivo à Diversidade, que também existe há 16 anos e neste ano será feito na Academia Paulista de Letras, no dia 27.

O prêmio surgiu para homenagear e reconhecer ações sociais que contribuíram para o avanço dos direitos humanos da população LGBT. Ao todo são 20 categorias entre personalidades, entidades, autoridades políticas e ações culturais de destaque na área.

O prefeito Fernando Haddad informou que o mínimo que se podia fazer pela Parada do Orgulho LGBT após 20 anos seria lembrar de incluí-lo no calendário oficial da cidade.

“Apesar dos avanços das políticas públicas, os desafios continuam presentes e os obstáculos estão aí para serem superados. Entendo que não só essa tomada de consciência, mas a presença da parada nos faz lembrar o quanto ainda temos de caminhar para vencer as formas de intolerância presentes na nossa cidade”, concluiu Haddad.

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