O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad: o prefeito ressaltou que investimentos em São Paulo trazem benefícios para o país, o que interessa ao governo federal. (Prefeitura de São Paulo)
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.
Brasília - O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, disse hoje (18), após se reunir com a presidência Dilma Rousseff, que o município vai “aderir 100% ao PAC” e o valor total dos projetos previstos até 2016 chega a R$ 22,9 bilhões, principalmente nas áreas de transporte público, habitação, drenagem, saneamento e educação.
“Os investimentos do PAC para São Paulo nos últimos anos não têm sido expressivos, então temos defasagem”, disse.
Haddad disse que veio apresentar à presidenta o plano de metas de investimentos do município (passo necessário para a liberação do recurso) e tentar alinhá-lo com o do governo federal. Segundo o prefeito, outra reunião ocorrerá em duas semanas para definir o que poderá ser executado até o fim de 2014.
A meta é dobrar os investimentos do município, dos atuais R$ 3 bilhões por ano, para R$ 6 bilhões.
“O orçamento de investimento de São Paulo nos últimos anos é metade do [total] do Rio de Janeiro em termos per capita. Se você for verificar o que desequilibrou foram os recursos federais do PAC. Então, para eu buscar o equilíbrio dos investimentos necessários para a cidade funcionar melhor é [preciso aliar] as ações de São Paulo com as ações do PAC”, disse.
O prefeito ressaltou que investimentos em São Paulo trazem benefícios para o país, o que interessa ao governo federal. “O investimento público em São Paulo tem uma taxa de retorno em termos de produtividade que interessa à União. Nós respondemos por 12% do [Produto Interno Bruto] PIB do país, então, se São Paulo ficar sem investimentos, os gargalos de produtividade não serão superados.”
Além de dobrar os investimentos com obras do PAC, o prefeito também disse que a aprovação do projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados para revisar o indexador da dívida dos estados é fundamental para a solvência das contas do município.
Segundo Haddad, com a mudança da correção da dívida – que atualmente é feita pelo IGP-DI, índice de inflação calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) mais 6%, 7,5% ou 9% ao ano para a taxa Selic ou IPCA mais 4% ao ano –, prevalecendo o menor índice, o município vai poder quitar seus débitos até 2030. Com o pagamento, o governo municipal poderá tomar empréstimos da ordem de R$ 10 bilhões para mais investimentos.