Brasil

Haddad diz que Brasil busca a reindustrialização com apoio da China

Ministro afirmou que Brasília não tem preferência por este ou aquele parceiro comercial: EUA e União Europeia seguem em foco

Fernando Haddad: ministro ressaltou importância de relacionamento do Brasil com demais países (Joédson Alves/Agência Brasil)

Fernando Haddad: ministro ressaltou importância de relacionamento do Brasil com demais países (Joédson Alves/Agência Brasil)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 14 de abril de 2023 às 13h16.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira, 14, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem como prioridade a reindustrialização da economia brasileira, com o apoio do capital chinês. "Foi um salto de qualidade nas nossas relações", disse a jornalistas, em entrevista que seria inicialmente com Lula. "A China continua entusiasmada a participar de concessões no Brasil", comentou.

Haddad citou que uma das conversas na viagem ao país asiático foi para a instalação de uma fábrica de veículos elétricos chinesa no Brasil, da montadora BYD, que já produz 400 mil unidades por ano e quer ficar com a fábrica da Ford na Bahia.

Ele disse que empresas americanas deixaram o Brasil nos últimos anos, enquanto as chinesas entraram no país. Brasília, porém, não tem preferência por este ou aquele parceiro comercial. "Não faz sentido se aproximar da China e se afastar dos Estados Unidos."

"Queremos as melhores relações com Estados Unidos e a União Europeia", afirmou o ministro, ressaltando que espera mais parcerias com esses mercados.

A agenda de Lula ainda prevê o fortalecimento do Mercosul, até para conseguir maior poder de negociação no comércio internacional, ressaltou o ministro.

O presidente restabeleceu a agenda de comércio em moeda local, sem passar pelo dólar, disse Haddad, ressaltando que essa é uma ideia muito antiga e que tinha perdido força recentemente.

Acompanhe tudo sobre:Fernando HaddadMinistério da EconomiaChina

Mais de Brasil

Enel é uma estatal? Entenda participação do governo italiano na empresa

Tarcísio pede intervenção na Enel; 158 mil seguem sem energia

Fim do contrato, intervenção e pressão política: o que pode acontecer com a Enel após apagão em SP

Free-flow: entenda as novas regras para o pedágio eletrônico em rodovias do país