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Haddad desvincula cessão de área de aliança PT-PSD

De acordo com o petista, a concessão do espaço não vai interferir na discussão da eventual composição entre PT e PSD nas eleições municipais da Capital

Na próxima semana, Haddad pretende ainda se encontrar com setores de movimentos sociais para discutir as demandas desses grupos (Nacho Doce/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2012 às 19h02.

São Paulo - O pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, tentou desvincular hoje a cessão de um terreno da Prefeitura de São Paulo para o Instituto Lula das eventuais negociações em torno de uma aliança com o PSD, partido do prefeito Gilberto Kassab. De acordo com o petista, a concessão do espaço não vai interferir na discussão da eventual composição entre PT e PSD nas eleições municipais da Capital, acordo que tem o aval do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "De maneira nenhuma. Não tem nada a ver uma coisa com outra", afirmou o ex-ministro da Educação, após reunião com parte de seu conselho político, na sede do diretório nacional do PT em São Paulo.

O petista defendeu o direito de ex-presidentes de exporem o seu acervo da época de governo à população. Ele lembrou que, em países desenvolvidos, há uma tradição de se expor documentos e objetos de ex-mandatários da Presidência da República em universidades. "Todo presidente tem de ter o seu acervo preservado da melhor maneira possível", afirmou. "Todos os presidentes", frisou. Haddad afirmou que, quando foi ministro da Educação, cogitou a possibilidade de manter o acervo dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardosos (PSDB) e José Sarney (PMDB) em universidades federais.

O pré-candidato do PT acredita que a instalação de um acervo do porte do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ficou à frente do Palácio do Planalto durante oito anos, é um privilégio que muitos municípios gostariam de ter. "Muitos prefeitos devem ambicionar manter um museu deste nas suas cidades", afirmou. O presidente do diretório municipal do PT, vereador Antonio Donato, também tentou separar a iniciativa do prefeito Gilberto Kassab do diálogo partidário. "É uma ação de governo, não tem nada a ver com a negociação de aliança", ressaltou.

No encontro de hoje, com membros do seu conselho político, o ex-ministro da Educação discutiu os principais eixos de sua futura plataforma de campanha eleitoral e anunciou que, a partir da semana que vem, deve começar a rever os planos de governo apresentados nas duas últimas eleições do PT em São Paulo, em 2008 e em 2010. Em 2008, na disputa pela Prefeitura de São Paulo, a candidata do PT era a senadora Marta Suplicy. Em 2010, o representante do partido à sucessão ao Palácio dos Bandeirantes foi o atual ministro da Educação, Aloizio Mercadante. O pré-candidato antecipou também que seu plano de governo deve ter a colaboração de intelectuais que não são ligados ao PT.

Na próxima semana, Haddad pretende ainda se encontrar com setores de movimentos sociais para discutir as demandas desses grupos e, principalmente, ouvi-los sobre a possibilidade de aliança com o PSD. "Vou conhecer a visão deles a partir da semana que vem", afirmou. O ex-ministro foi questionado sobre a ausência da senadora Marta Suplicy em sua pré-campanha. Ele enfatizou que contará com a ajuda da petista durante a disputa municipal e que fala com a senadora sempre que precisa. "É um equívoco imaginar que a nossa senadora não estará fortemente na nossa campanha", frisou.

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São Paulo - O pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, tentou desvincular hoje a cessão de um terreno da Prefeitura de São Paulo para o Instituto Lula das eventuais negociações em torno de uma aliança com o PSD, partido do prefeito Gilberto Kassab. De acordo com o petista, a concessão do espaço não vai interferir na discussão da eventual composição entre PT e PSD nas eleições municipais da Capital, acordo que tem o aval do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "De maneira nenhuma. Não tem nada a ver uma coisa com outra", afirmou o ex-ministro da Educação, após reunião com parte de seu conselho político, na sede do diretório nacional do PT em São Paulo.

O petista defendeu o direito de ex-presidentes de exporem o seu acervo da época de governo à população. Ele lembrou que, em países desenvolvidos, há uma tradição de se expor documentos e objetos de ex-mandatários da Presidência da República em universidades. "Todo presidente tem de ter o seu acervo preservado da melhor maneira possível", afirmou. "Todos os presidentes", frisou. Haddad afirmou que, quando foi ministro da Educação, cogitou a possibilidade de manter o acervo dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardosos (PSDB) e José Sarney (PMDB) em universidades federais.

O pré-candidato do PT acredita que a instalação de um acervo do porte do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ficou à frente do Palácio do Planalto durante oito anos, é um privilégio que muitos municípios gostariam de ter. "Muitos prefeitos devem ambicionar manter um museu deste nas suas cidades", afirmou. O presidente do diretório municipal do PT, vereador Antonio Donato, também tentou separar a iniciativa do prefeito Gilberto Kassab do diálogo partidário. "É uma ação de governo, não tem nada a ver com a negociação de aliança", ressaltou.

No encontro de hoje, com membros do seu conselho político, o ex-ministro da Educação discutiu os principais eixos de sua futura plataforma de campanha eleitoral e anunciou que, a partir da semana que vem, deve começar a rever os planos de governo apresentados nas duas últimas eleições do PT em São Paulo, em 2008 e em 2010. Em 2008, na disputa pela Prefeitura de São Paulo, a candidata do PT era a senadora Marta Suplicy. Em 2010, o representante do partido à sucessão ao Palácio dos Bandeirantes foi o atual ministro da Educação, Aloizio Mercadante. O pré-candidato antecipou também que seu plano de governo deve ter a colaboração de intelectuais que não são ligados ao PT.

Na próxima semana, Haddad pretende ainda se encontrar com setores de movimentos sociais para discutir as demandas desses grupos e, principalmente, ouvi-los sobre a possibilidade de aliança com o PSD. "Vou conhecer a visão deles a partir da semana que vem", afirmou. O ex-ministro foi questionado sobre a ausência da senadora Marta Suplicy em sua pré-campanha. Ele enfatizou que contará com a ajuda da petista durante a disputa municipal e que fala com a senadora sempre que precisa. "É um equívoco imaginar que a nossa senadora não estará fortemente na nossa campanha", frisou.

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