Brasil

Há alinhamento com Câmara pra aprovar PECs e reformas, diz presidente do Senado

Rodrigo Pacheco defendeu o combate aos privilégios e desperdício de dinheiro público

Rodrigo Pacheco: presidente do Senado (Waldemir Barreto/Agência Senado)

Rodrigo Pacheco: presidente do Senado (Waldemir Barreto/Agência Senado)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de fevereiro de 2021 às 17h55.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), reforçou neste sábado, 20, que há uma vontade política do Senado acertada com a Câmara dos Deputados para a votação das Propostas de Emenda à Constituição (PECs) do ajuste fiscal e das reformas tributária e administrativa. Ele destacou que é preciso um modelo "menos injusto" de sistema tributário no País.

"Não podemos impor especialmente às camadas mais pobres da sociedade que paguem a conta dos problemas que Brasil tem", disse ele, em referência à reforma tributária durante live do Grupo Prerrogativas.

Sobre a reforma administrativa, Pacheco afirmou que é preciso haver o combate a privilégios e desperdício do dinheiro público. "O Estado pode ser menor. Não precisa ser um Estado mínimo concebido pelos ultraliberais, que é aquele que cuida só de saúde, segurança e educação, mas um Estado que seja capaz de respostas mais imediatas para a população", disse. "Para isso, nós precisávamos das reformas trabalhista, da previdência e precisamos da reforma administrativa e da tributária, em um modelo que seja menos injusto possível, especialmente para os mais pobres", declarou.

 

Para Pacheco, a mudança nas leis trabalhistas foi algo positivo e que eventualmente pode "sofrer correções". Ele também opinou que a reforma da Previdência corrigiu distorções. "A justiça trabalhista precisava ter instrumentos legais mais equilibrados" opinou.

Em relação à recorrente discussão sobre uma reforma política, o presidente do Senado avaliou que não é o sistema eleitoral que define a "qualidade da classe política".

Para ele, a mudança no perfil da classe política está condicionada a investimentos em educação, cidadania, inclusão e esforços para conscientização sobre a importância do voto. "Eu sou da filosofia e da crença que não é modelo - proporcional, distrital, distrital misto, majoritário, o chamado 'distritão' - que vai resolver o problema da qualidade da classe política ou da deficiência de representatividade da sociedade através da classe política", ressaltou.

Pacheco, contudo, se disse aberto para refletir e debater possíveis mudanças no sistema eleitoral brasileiro. "É um típico assunto que deve ser resolvido pela maioria do Congresso Nacional, por todos os partidos políticos. Só não podemos deixar que a conveniência de um ou de outro partido para a sua própria sobrevivência ou não seja maior que o interesse público de ter um sistema que funcione no Brasil", ponderou.

Pauta feminina

Ao comentar a representatividade da população no Parlamento, Pacheco destacou que a questão dos direitos das mulheres é uma das prioridades do Senado. "O ato que estamos propondo é no Senado a criação de uma liderança das mulheres, uma liderança feminina, assim como temos liderança de bloco, de governo, de maioria e minoria", disse. A ideia é estabelecer um cronograma para a pauta em defesa dos direitos das mulheres.

Pacheco citou como exemplo a questão da representatividade feminina na política e o aumento da violência doméstica. Segundo ele, os assuntos estão na "ordem do dia" do Senado.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosReforma AdministrativaReforma políticaRodrigo PachecoSenado

Mais de Brasil

Geração está aprendendo menos por causa do celular, diz autora do PL que proíbe aparelhos em escolas

Após cinco anos, Brasil recupera certificado de eliminação do sarampo

Bastidor: queda na popularidade pressiona Lula por reforma ministerial e “cavalo de pau do governo”

Governo Lula é bom ou ótimo para 35,5% e ruim ou péssimo para 30,8%, diz pesquisa CNT/MDA