Guilherme Boulos, disse nesta terça-feira, 18, que dará indulto a Lula, preso pela Lava Jato, caso seja eleito (Kelly Fuzaro/Band/Reprodução)
Estadão Conteúdo
Publicado em 18 de setembro de 2018 às 13h34.
Rio - O candidato do PSOL à Presidência da República, Guilherme Boulos, disse nesta terça-feira, 18, que dará indulto ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso pela Lava Jato, caso seja eleito. "Defender o Lula diante de uma condenação injusta é defender a democracia", afirmou Boulos, em sabatina na Pontifícia Universidade Católica do Rio, diante de estudantes.
"Foi uma condenação sem provas, com base em delações. Quando o Judiciário escolhe quem pode participar de eleições, estamos longe de uma democracia", afirmou o candidato. "Mas a seletividade judicial no Brasil não começou nem terminará com Lula. Daria indulto também ao Rafael Braga (jovem preso durante manifestações de 2013 por portar um frasco de produto de limpeza)".
O candidato do PSOL lembrou as diferenças que seu partido tem com o PT (a legenda nasceu de uma dissidência, há 15 anos), e criticou práticas petistas, como alianças com o MDB. "É lamentável ver o (candidato Fernando) Haddad tirando foto com Renan Calheiros e Eunício Oliveira", disse.
Boulos também mencionou Jair Bolsonaro (PSL), líder das pesquisas de intenção de voto. "Ele surfa no medo, na desilusão. Temos que derrotar a barbárie, a extrema-direita, o fascismo. A cada dia essa turma ganha asas. O clima que se criou no Brasil é de veneno, ódio e violência".
Ao defender a descriminalização do aborto, Boulos esclareceu que sua campanha não se pauta pelo "pragmatismo eleitoral" e por orientações de marqueteiros. "A nossa conta é outra, é no sentido de elevar a consciência política no País. O papel de uma campanha presidencial é também trazer os grandes temas à discussão, como o respeito à diversidade sexual, a desmilitarização da polícia, a descriminalização das drogas e o combate ao racismo", afirmou.