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Guaidó denuncia golpe; Saudi Aramco em queda; Macron apoia Trump

Guaidó tenta entrar no Parlamento: bloqueio de tropas do governo impediu a entrada de oposicionistas (Manaure Quintero/Reuters)

Guaidó tenta entrar no Parlamento: bloqueio de tropas do governo impediu a entrada de oposicionistas (Manaure Quintero/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2020 às 06h59.

Última atualização em 6 de janeiro de 2020 às 07h29.

Chavistas vencem

Os deputados chavistas da Assembleia Nacional venezuelana elegeram Luis Parra, aliado do presidente Nicolás Maduro, como presidente da casa neste domingo. O líder da oposição, Juan Guaidó, não compareceu, pois foi impedido de entrar no Parlamento pela polícia. Deputados oposicionistas também foram retidos. O congressista mais antigo presente na câmara serviu como presidente temporário da sessão antes da escolha, classificada pela equipe de Guaidó como “golpe”. Os opositores denunciaram que Parra foi eleito sem votos nem quórum. Guaidó enfrenta pressão de Maduro e acusou o Partido Socialista de oferecer malas de dinheiro a parlamentares para votarem contra ele. O Grupo de Lima, que reúne países vizinhos, como o Brasil, denunciou a falta de lisura na eleição.

Guaidó: assassinato da República

O líder da oposição na Venezuela, Juan Guaidó, disse que o país assistiu neste domingo o “assassinato da República” após a votação que elegeu Luis Parra como novo presidente da Assembleia Nacional, que ocorreu sem a presença de críticos do chavismo, barrados do lado de fora do Palácio Legislativo pelas forças de segurança comandadas por Nicolás Maduro. “Hoje, no que é o desmantelamento do estado de direito e o assassinato da República, vimos como eles tomaram violentamente o Palácio Federal Legislativo”, afirmou Guaidó do lado de fora da Assembleia Nacional, até então presidida por ele. Guaidó foi impedido de entrar no Palácio Legislativo por agentes da Polícia Nacional Bolivariana e da Guarda Nacional Bolivariana, ambas sob o comando do presidente do país, Nicolás Maduro.

Macron apoia Trump

O presidente francês, Emmanuel Macron, garantiu neste domingo, 05, ao colega americano, Donald Trump, sua “solidariedade total aos aliados”, e pediu ao Irã que evite “qualquer escalada militar que possa agravar a instabilidade regional”. “Frente ao aumento da tensão em Iraque e região”, Macron expressou sua “preocupação com as atividades desestabilizadoras da força Al-Qods sob a autoridade do general Qasem Soleimani”, morto na última sexta-feira, 03, pelos Estados Unidos, e “defendeu a necessidade de que o Irã as interrompa”, segundo um comunicado do Eliseu. O presidente francês ratificou “a determinação da França de trabalhar ao lado de seus parceiros regionais e internacionais para acalmar a tensão”, e reiterou que, para ele, “a prioridade deve ser a continuidade da ação da Coalizão Internacional contra o Estado Islâmico, com pleno respeito à soberania do Iraque, para a sua segurança e a estabilidade regional”.

Ataque derruba Saudi Aramco

As bolsas de valores do Kuwait e da Arábia Saudita caíram neste domingo, após um ataque de drones dos EUA em Bagdá que matou o comandante militar do Irã. As ações da gigante petrolífera Saudi Aramco caíram 1,7%, para o nível mais baixo desde a listagem no mês passado, em uma oferta inicial (IPO) recorde. O comandante militar iraniano Qassem Soleimani, arquiteto das operações militares no exterior de Teerã, foi morto na sexta-feira em um ataque por drone dos EUA em seu comboio no aeroporto de Bagdá. O índice do Kuwait, o de melhor desempenho da região em 2019, caiu quase 4,1%, enquanto as ações sauditas tiveram recuo de 2,2%. O índice de ações de Dubai caiu 3,1%. O índice Abu Dhabi cedeu 1,41%.

Novo impasse na Espanha?

O líder socialista espanhol Pedro Sánchez perdeu, neste domingo (5), um primeiro voto de confiança no Congresso, mas deve ser eleito na terça-feira para liderar um governo de coalizão de esquerda sem precedentes. Sem surpresa, o líder de 47 anos obteve 166 votos a favor, longe da maioria absoluta (176 de 350) necessária para receber a confiança da câmera no primeiro turno. Mas 48 horas depois, quando em uma segunda votação mais ‘sim’ do que ‘não’ será suficiente, deverá ter sucesso por uma diferença mínima, ao somar o apoio dos socialistas, da esquerda radical do Podemos, seu futuro parceiro de governo, e de vários pequenos partidos regionais. Se a correlação de forças se repetir, Sánchez receberá 167 votos a favor (neste domingo, um deputado do Podemos não votou por doença), 165 contra e 18 abstenções.

Acidentes em alta

Dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) mostram que, no intervalo de tempo em que os radares móveis ficaram desligados no ano passado, o número de acidentes nas rodovias federais cresceu 4,8%, em comparação com o mesmo período de 2018. Entre 15 de agosto e 30 de novembro de 2019 — período em que os radares ficaram desligados — houve 24.020 acidentes nas estradas federais. Já no mesmo período de 2018 foram registrados 22.928. Também foram registradas mais mortes: 1.947 no ano passado, contra 1.929 em 2018, um aumento de 0,9%. Os equipamentos móveis foram recolhidos em agosto, após a publicação de um decreto do presidente Jair Bolsonaro.

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