Cunha: após a sessão de votação do impeachment, houve um aumento significativo de apoios, chegando a 1,2 mi de assinaturas em 4 dias (REUTERS/Ueslei Marcelino)
Da Redação
Publicado em 25 de abril de 2016 às 18h41.
Brasília - Organização internacional conhecida por promover abaixo-assinados virtuais e campanhas de combate à corrupção, a Avaaz entregará nesta terça-feira, 26, ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, um documento simbólico com mais de 1,3 milhão de assinaturas pedindo a perda de mandato do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Representantes da organização entregarão o documento ao presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PR-BA), minutos antes do depoimento do lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, uma das testemunhas de acusação do processo por quebra de decoro parlamentar.
A campanha virtual começou em 22 de outubro e chegou ao final de 2015 com 230 mil assinaturas pedindo a cassação do mandato parlamentar do peemedebista.
Logo após a sessão de votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff, houve um aumento significativo de apoios, chegando a 1,2 milhão de assinaturas em quatro dias. Nesta segunda-feira, 25, o site registrou mais de 1,3 milhão de apoios.
Coordenador de campanha da Avaaz, Diego Casaes acredita que a exposição de Cunha durante todo o processo de votação da admissibilidade do impeachment chamou a atenção do eleitorado, que se deu conta da morosidade da ação disciplinar contra o peemedebista.
Ele reconheceu que a campanha não tem valor jurídico, mas de mobilização social. "A petição tem valor de pressão popular. São pessoas por trás da assinatura e que têm direito a voto", afirmou.
A campanha da Avaaz já atingiu uma das maiores mobilizações virtuais do País, ficando atrás atualmente de uma ação contra a redução da velocidade de internet fixa, que arregimentou 1,6 milhão de assinaturas.
Mesmo com a entrega simbólica do abaixo-assinado, a campanha continuará aberta para adesões de internautas. Como a meta agora é reunir 2 milhões de apoios à cassação de Cunha, a expectativa é de que a mobilização possa se tornar uma das maiores do mundo.