Brasil

Grupo com 423 médicos cubanos desembarca em Havana

Os profissionais de saúde foram recebidos com faixas, flores e música típica no Aeroporto Internacional José Martí, na capital

Em Cuba, os profissionais de saúde que atuaram no Brasil no programa Mais Médicos são chamados de "embaixadores da boa vontade" (Valter Campanato/Agência Brasil)

Em Cuba, os profissionais de saúde que atuaram no Brasil no programa Mais Médicos são chamados de "embaixadores da boa vontade" (Valter Campanato/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 1 de dezembro de 2018 às 11h05.

Mais um grupo de profissionais cubanos, vinculado ao programa Mais Médicos, desembarcou em Havana, Cuba. Em dois vôos fretados, 423 médicos retornaram ao país e foram recebidos com faixas, flores e música típica no Aeroporto Internacional José Martí, na capital. Autoridades de várias companhias áreas foram ao local dar as boas-vindas aos profissionais.

O vice-ministro da Saúde Pública de Cuba, Alfredo González Lorenzo, recebeu o grupo com elogios e palavras de apoio. Segundo ele, há estudos que atestam a qualidade e os resultados positivos da atuação dos cubanos no Brasil. O grupo desembarcou nesta sexta-feira (30).

Também estavam no aeroporto Luis Antonio Torres Iríbar, do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba e primeiro-secretário do Partido em Havana, o ministro da Justiça, Oscar Manuel Silveira, além de representantes de classe e entidades sindicais.

Em Cuba, os profissionais de saúde que atuaram no Brasil no programa Mais Médicos são chamados de "embaixadores da boa vontade" e ganharam tratamento diferenciado.

Histórico

No último dia 14, o governo de Cuba informou o rompimento do acordo de cooperação para o Mais Médicos por discordar das exigências feitas pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, como a necessidade de os profissionais se submeterem ao Revalida - prova de verificação de conhecimentos.

Com a saída dos cubanos, foram abertas mais de 8,5 mil vagas no programa. O governo federal publicou edital para contratação de profissionais. A previsão é que iniciem as atividades a partir de 14 de dezembro.

Depoimentos

O médico Ailenes Céspedes, um dos que retornaram a Havana, disse que voltou com o "orgulho de ter cumprido o dever". "Jamais esquecerei as palavras, o sentimento das pessoas", acrescentou. "Nunca saíremos do Brasil, porque sempre vamos carregá-lo em nossos corações."

Lazaro Raul Ochoa, que permaneceu por quase dois anos no Espírito Santo, desembarcou com uma fotografia de uma criança sorridente. Segundo ele, a memória que quer guardar.

*Com informações do Granma, jornal oficial de Cuba

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