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Grevistas da Eletrobras fazem passeata no centro do Rio

O protesto teve início na sede da holding federal, na Avenida Presidente Vargas, e seguiu pela Avenida Rio Branco até a Cinelândia


	Os funcionários da Eletrobras estão em greve por tempo indeterminado desde a última segunda-feira, 15, e a manifestação marcou o quarto dia de protesto contra a administração da estatal
 (Divulgação)

Os funcionários da Eletrobras estão em greve por tempo indeterminado desde a última segunda-feira, 15, e a manifestação marcou o quarto dia de protesto contra a administração da estatal (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2013 às 15h28.

Rio - Trabalhadores do grupo Eletrobras (ELET3) promoveram na manhã desta quinta-feira uma manifestação no Centro do Rio de Janeiro contra a proposta de acordo coletivo 2013/2014 apresentada pela empresa. 

O protesto teve início na sede da holding federal, na Avenida Presidente Vargas, e seguiu pela Avenida Rio Branco até a Cinelândia. Entre 200 e 300 funcionários de várias subsidiárias do grupo participaram do ato, encerrado às 12h30.

Os funcionários da Eletrobras estão em greve por tempo indeterminado desde a última segunda-feira, 15, e a manifestação marcou o quarto dia de protesto contra a administração da estatal. O ato pelas ruas do Rio foi pacífico e puxado pelo coro: "Dilma e Lobão, ou negocia ou vai ter um apagão". Apesar do tom de ameaça, as reclamações dos trabalhadores se resumiram ao acordo coletivo proposto pela Eletrobras e uma alegada falta de política de valorização da força de trabalho do grupo.

Nesta quarta-feira, 17, em Brasília, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e entidades sindicais se reuniram para retomar as negociações. O encontro contou com a participação do diretor de Administração da Eletrobras, Miguel Colasuonno. Segundo o diretor da Associação dos Empregados da Eletrobras (Aeel), Emanuel Torres, a reunião terminou sem que uma nova proposta fosse apresentada aos empregados da empresa.

"Lobão se comprometeu a tentar reabrir um canal de negociação com o Ministério do Planejamento", afirmou Torres. Por ser uma estatal federal, a Eletrobras é submetida ao Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Dest), órgão do Ministério do Planejamento. No encontro, o diretor da Eletrobras disse que a intenção da administração da estatal não é judicializar a greve, afirmou Torres.

Um dos principais pontos de impasse das negociações é o porcentual de reajuste salarial proposto pela estatal. A empresa ofereceu o IPCA de maio de 2012 e abril 2013, o que significa um aumento de 6,49%. As entidades sindicais pleiteiam um reajuste de 11,18%, sendo 6,88 pontos porcentuais relativos ao índice de inflação calculado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e 4,3 ponto porcentual relativo ao crescimento médio do consumo residencial de energia elétrica nos últimos meses.

Torres explicou que as trocas de turno dos trabalhadores da área de operação estão ocorrendo a cada 24 horas. As equipes de manutenção seguem sem realizar os serviços de rotina.

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