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Greve no metrô de Buenos Aires tem dez dias e causa revolta

O sindicato dos trabalhadores do metrô (AGTSyP, na sigla em espanhol) reivindica um aumento salarial de 28%

Argentinos protestam em Buenos Aires: "Acho que vamos chegar a um ponto de acordo", afirmou hoje o secretário adjunto da AGTSyP, Néstor Segovia (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2012 às 18h17.

Buenos Aires - A greve dos empregados do metrô de Buenos Aires entrou nesta segunda-feira em seu 10º dia sem sinais de uma solução, enquanto cresce a revolta dos cidadãos da capital e o tom das acusações entre o governo nacional e a administração municipal.

O sindicato dos trabalhadores do metrô (AGTSyP, na sigla em espanhol) reivindica um aumento salarial de 28% e não aceitou a conciliação obrigatória ditada pelo governo da cidade de Buenos Aires, razão pela qual a Subsecretaria de Trabalho da cidade aplicou uma multa de 4,9 milhões de pesos (R$ 2,15 milhões).

"Acho que vamos chegar a um ponto de acordo", afirmou hoje o secretário adjunto da AGTSyP, Néstor Segovia, mas logo em seguida voltou a criticar a empresa concessionária do serviço, a "Metrovías", e o prefeito, Mauricio Macri, que acusou de "falta de diálogo".

"Macri é o responsável pelas perdas econômicas ocasionadas pela greve", acrescentou Segóvia, e reiterou sua rejeição à multa e às acusações do prefeito sobre sua suposta vinculação com o governo nacional.

Enquanto isso, o chefe de gabinete do governo de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta, insistiu em denunciar as reivindicações sindicais como "desculpas", porque considera a greve um ato político. "O governo nacional quer nos enfraquecer", acrescentou Rodríguez Larreta.

As declarações do número dois do governo da capital aprofundam o enfrentamento entre ambas as administrações sobre a responsabilidade do funcionamento do metrô de Buenos Aires.

Em meio ao conflito, a Presidência argentina divulgou um anúncio televisivo no fim de semana afirmando que Macri aceitou a transferência do metrô em janeiro e que o fim da greve está em suas mãos.

Já a equipe do prefeito publicou outro anúncio, poucas horas depois, no qual desmente um por um todos os argumentos do governo nacional.

Enquanto as negociações seguem estagnadas, aumenta o mal-estar entre os cidadãos por conta da greve que afeta diretamente mais de 1 milhão de usuários do "subte" - o metrô de Buenos Aires - deixando a capital argentina à beira de um colapso.

"Somos reféns de políticos que não viajam no "subte" nem em nenhum outro transporte público e para eles pouco importa, exceto seus próprios cargos, portanto temos que nos lembrar disso e não votar neles", disse Facundo, um passageiro indignado que esperava para entrar em um ônibus lotado.

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O sindicato dos trabalhadores do metrô (AGTSyP, na sigla em espanhol) reivindica um aumento salarial de 28% e não aceitou a conciliação obrigatória ditada pelo governo da cidade de Buenos Aires, razão pela qual a Subsecretaria de Trabalho da cidade aplicou uma multa de 4,9 milhões de pesos (R$ 2,15 milhões).

"Acho que vamos chegar a um ponto de acordo", afirmou hoje o secretário adjunto da AGTSyP, Néstor Segovia, mas logo em seguida voltou a criticar a empresa concessionária do serviço, a "Metrovías", e o prefeito, Mauricio Macri, que acusou de "falta de diálogo".

"Macri é o responsável pelas perdas econômicas ocasionadas pela greve", acrescentou Segóvia, e reiterou sua rejeição à multa e às acusações do prefeito sobre sua suposta vinculação com o governo nacional.

Enquanto isso, o chefe de gabinete do governo de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta, insistiu em denunciar as reivindicações sindicais como "desculpas", porque considera a greve um ato político. "O governo nacional quer nos enfraquecer", acrescentou Rodríguez Larreta.

As declarações do número dois do governo da capital aprofundam o enfrentamento entre ambas as administrações sobre a responsabilidade do funcionamento do metrô de Buenos Aires.

Em meio ao conflito, a Presidência argentina divulgou um anúncio televisivo no fim de semana afirmando que Macri aceitou a transferência do metrô em janeiro e que o fim da greve está em suas mãos.

Já a equipe do prefeito publicou outro anúncio, poucas horas depois, no qual desmente um por um todos os argumentos do governo nacional.

Enquanto as negociações seguem estagnadas, aumenta o mal-estar entre os cidadãos por conta da greve que afeta diretamente mais de 1 milhão de usuários do "subte" - o metrô de Buenos Aires - deixando a capital argentina à beira de um colapso.

"Somos reféns de políticos que não viajam no "subte" nem em nenhum outro transporte público e para eles pouco importa, exceto seus próprios cargos, portanto temos que nos lembrar disso e não votar neles", disse Facundo, um passageiro indignado que esperava para entrar em um ônibus lotado.

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