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Greve dos Correios: sindicato mantém paralisação, mas empresa cita normalidade de serviços

O sindicato afirma que adesão ao movimento grevista, iniciado no dia 7 de agosto de 2024, alcança cerca de 70% nos estados que já aprovaram a paralisação

Greve dos Correios: categoria fala em adesão de 70% (SINTECT-SP/Divulgação)

Greve dos Correios: categoria fala em adesão de 70% (SINTECT-SP/Divulgação)

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 12 de agosto de 2024 às 14h49.

Última atualização em 12 de agosto de 2024 às 17h32.

Os trabalhadores dos Correios seguem em greve por tempo indeterminado, segundo a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (FINDECT). A entidade afirma que a adesão ao movimento grevista, iniciado no dia 7 de agosto de 2024, alcança cerca de 70% nos estados que já aprovaram a paralisação.

Os Correios, por sua vez, afirmam que cerca de 92% do efetivo está trabalhando, com todas as agências do Brasil abertas e as entregas sendo realizadas. A empresa informa que adotou medidas como remanejamento de profissionais e realização de horas extras para cobrir as ausências pontuais e localizadas devido à paralisação anunciada pelo sindicato.

Por que os trabalhadores dos Correios estão de greve?

O movimento ocorre em meio às negociações da campanha salarial de 2024/2025. Os trabalhadores pedem a redução do custeio do plano de saúde, reajuste salarial imediato e linear, melhorias nos benefícios, reajuste das funções de motorizados e a realização de um concurso público.

Os servidores recusaram uma primeira proposta da empresa, que ofereceu aumento de 6,05% nos salários a partir de janeiro de 2025 e de 4,11% nos benefícios a partir de agosto de 2024. Outra melhoria proposta pelos Correios foi o aumento de 20% na remuneração dos empregados que exercem funções “motorizadas” – ou seja, motociclistas e motoristas.

Sobre o plano de saúde, a empresa propôs um processo de alteração do regulamento para redução da coparticipação de 30% para 15%, com previsão de implementação no próximo mês, após a realização dos ajustes necessários para adequação às normas vigentes.

"A insatisfação dos trabalhadores é evidente e se reflete na rejeição unânime à proposta da ECT. A proposta da empresa não prevê reajuste salarial imediato, adiando-o para janeiro de 2025, e ignora a recuperação dos benefícios retirados nos últimos anos. Outro ponto crítico é o plano de saúde, que consome mais de 30% dos salários dos trabalhadores, comprometendo sua qualidade de vida", diz em nota a FINDECT.

O sindicato entregou nesta segunda-feira, 12, um documento ao Ministro do Trabalho e Emprego, solicitando apoio na mediação das negociações coletivas com a direção da estatal.

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