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Greve dos caminhoneiros tem relação com "mal-estar geral", diz FHC

Ex-presidente disse que a superação da crise é alcançada com respeito: "O melhor é não precisar usar a força"

Fernando Henrique Cardoso: "Um país não se faz com ódio, tem que ter amor também" (Renato Araujo/Agência Brasil)

Fernando Henrique Cardoso: "Um país não se faz com ódio, tem que ter amor também" (Renato Araujo/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 28 de maio de 2018 às 16h04.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse hoje (28), em São Paulo, que a crise provocada pela greve dos caminhoneiros não é resposta somente à insatisfação do setor, mas expressa um mal-estar generalizado.

Fernando Henrique foi homenageado durante a comemoração dos 20 anos de existência das Organizações Sociais. Em sua fala, ele disse que a superação da crise é alcançada com respeito. "O melhor é não precisar usar a força", afirmou. "A autoridade deriva mais do desempenho do que da posição", destacou.

O ex-presidente criticou a polarização na política. "Um país não se faz com ódio, tem que ter amor também. Então, eu não perco a esperança". Ele considera negativa a perda de credibilidade dos partidos políticos e dos sindicatos.

Organizações Sociais

Desde a sanção da Lei Federal 9.637, que criou as Organizações Sociais, resultados positivos foram alcançados, no entender do ex-presidente. As organizações são modelos que atuam na sociedade em áreas como saúde e cultura, por meio de parcerias com o poder público.

"Não é para dispensar o Estado, ele é indispensável. É para flexibilizar e modernizar o Estado", disse Fernando Henrique, que defendeu também que a educação incorpore o modelo de organização social com mais força.

"A educação pública tem abrangência enorme no Brasil, mas ela não dá conta. Por que não ajudar?", questionou.

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