Greve de motoristas interrompe circulação de ônibus do BRT no Rio
A concessionária que opera o sistema informou em nota que não possui "recursos para honrar seus próximos compromissos como o pagamento da segunda parte do salário de janeiro
Estadão Conteúdo
Publicado em 1 de fevereiro de 2021 às 09h45.
Última atualização em 1 de fevereiro de 2021 às 09h51.
O sistema de transporte de ônibus articulado do Rio , o BRT , está paralisado desde o início da manhã desta segunda-feira, 1, devido a uma greve dos motoristas. Os serviços nos três corredores - Transoeste, Transcarioca e Transolímpica - estão suspensos, afetando o deslocamento de milhares de cariocas.
A paralisação dos ônibus está fazendo com que muita gente fique aglomerada nas calçadas à espera de outras opções de transporte, como vans ou ônibus executivos (com passagem mais de quatro vezes mais cara). A Guarda Municipal informou que deslocou 102 agentes para dez estações do sistema como "medida preventiva". Além de ajudar na orientação aos passageiros, há o temor de que as estações sofram algum tipo de depredação.
No sábado, dia 30, a concessionária que opera o sistema informou em nota que não possui "recursos para honrar seus próximos compromissos prioritários, como o pagamento da segunda parte do salário de janeiro - em 5 de fevereiro - e a compra de insumos necessários à operação, como combustível".
A BRT Rio culpa os impactos da pandemia pela crise financeira. "Nos primeiros meses da pandemia, o BRT Rio trabalhou com queda de até 75% no número de passageiros. Hoje, 11 meses depois do início do combate à covid-19, a queda de passageiros está na faixa de 45% em relação ao período anterior à pandemia. A perda de receita entre março de 2020 e janeiro de 2021 atingiu R$ 200 milhões", sustenta a concessionária.