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Greve causou impacto menor que o esperado, diz secretário

Secretário municipal de Transportes do Rio reconheceu que a greve está provocando transtornos menores do que se esperava

Fila ao lado de ônibus, no RJ: "mais de 80% da frota está circulando", diz secretário (Ricardo Moraes/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2014 às 09h19.

Rio de Janeiro -O secretário municipal de Transportes do Rio , Alexandre Sansão, disse que está acompanhando a paralisação dos rodoviários na cidade.

Em entrevista à Rádio Nacional do Rio, ele reconheceu que a greve está provocando transtornos menores do que se esperava.

“Não houve o impacto de paralisação que a gente imaginava ou que estava sendo anunciado. Mais de 80% da frota estão circulando. O BRT [Bus Rapid Transit Transoeste] também está circulando, embora no início da manhã, na Cesário de Mello [uma das principais avenidas da zona oeste], tenhamos tido alguma dificuldade”, disse.

O secretário destacou também alguns problemas que ocorreram no sistema de integração do metrô de superfície na zona sul, mas completou que como tem muito ônibus circulando na região, não acredita que o problema trará maiores impactos para a população.

“Já estamos com um plano de contingência com metrô e trem funcionando na máxima capacidade, mas aguardando que a situação da cidade se normalize nas próximas horas”, analisou.

Alexandre Sansão informou que desta vez não foi preciso utilizar as faixas de BRS [Bus Rapid System] e das seletivas da Avenida Brasil, principal via de entrada no Rio e de ligação das zonas norte e oeste, para os carros.

A medida estava prevista no plano de contingência e foi usada em outras greves dos rodoviários.

“Não tivemos esse impacto como o do dia anterior, temos muitos ônibus na rua, quase a normalidade, então as faixas do BRS e as seletivas da Brasil continuam funcionando”, contou.

Única cidade com menos de um milhão de habitantes com BRT, a mineira Uberlândia, com pouco mais de 600 mil pessoas, tem um corredor de 7,5 quilômetros na Avenida João Naves de Ávila há seis anos. Outros municípios brasileiros possuem faixas exclusivas, mas não atendem a todos os critérios de um BRT. Levando o preceito de ser na superfície o que o metrô é abaixo da terra, até mesmo shopping em uma das estações o BRT de Uberlândia tem, o que deve soar familiar para moradores de São Paulo. A imagem ao lado mostra uma das vantagens do sistema: a acessibilidade. Deficientes físicos adentram o coletivo tão rápido quanto os demais passageiros, já que as estações são elevadas.  O corredor deu tão certo que o governo já tem mais quatro projetos aguardando verba do governo federal.
  • 2. São Paulo (SP) - 2007

    2 /3(Wikimedia Commons)

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    Dominante em Curitiba, o uso do BRT em São Paulo não chega nem perto de fazer cosquinha no metrô: os 9,7 quilômetros do primeiro transportam 81 mil pessoas diariamente, segundo a SPTrans, enquanto os 74 quilômetros do transporte subterrâneo dão conta de 4,5 milhões de viagens todos os dias.  Mas quando se trata de avaliação, o único corredor BRT da cidade se sai até melhor. Na última pesquisa da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), 81% dos passageiros acham o Expresso Tiradentes excelente ou bom, índice que cai para 74% no metrô. Os ônibus convencionais ficaram com 40%. O tempo de viagem entre o Terminal Sacomã e o Parque Dom Pedro II foi enormemente encurtado: caiu de 70 para 14 minutos, segundo a SPTrans. Em relação ao BRT “ideal”, o Expresso Tiradente perde apenas porque foi construído em via elevada. “Deveria ser na (altura da) rua, porque tem vantagem do ponto de vista da acessibilidade. Mas em relação a velocidade, o benefício foi plenamente atingido”, afirma Otávio Cunha, da NTU.
  • 3. Rio de Janeiro (RJ) - 2012

    3 /3(Divulgação/Facebook)

  • Como diz a máxima, quem ri por último, ri melhor. Quando se trata de BRT, o Rio de Janeiro pode ter chegado atrasado, mas saiu na frente na nova leva de munícipios onde o sistema está sendo implantado por causa da Copa. O Transoeste foi inaugurado em junho. O Rio segue as regras dos BRTs, a mais importante delas sendo as vias com ultrapassagem, que permitem a existência de linhas expressas e semiexpressas. Quem quer ir de uma ponta a outra o pode fazer sem demoras. Em pesquisa realizada pelo Instituto Mapear, a aprovação chegou a 90%, resultado de quem demorava até 2h30 no trajeto entre Santa Cruz e Barra da Tijuca e agora o faz em 40 minutos. Dentro dos ônibus articulados, uma gravação informa a próxima estação de parada, como em metrôs. Os GPS nos ônibus permitem que se saiba quando chegarão às estações, como em outros BRTs desta galeria. Mas o governo precisará resolver os atropelamentos, que têm sido constantes. Na capital carioca, mais três corredores estão em construção para serem inaugurados até o Mundial de 2014 e as Olimpíadas.
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