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Governo vai estimular turismo em favelas pacificadas do Rio

Mais da metade dos turistas querem conhecer uma favela da cidade, mostrou uma pesquisa

Policial militar se posiciona em prédio em frente a favela durante a inauguração da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na Rocinha: a favela é o principal ponto de venda de drogas da zona sul do Rio (Tânia Rêgo/ABr)
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Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2013 às 15h17.

Rio de Janeiro - O governo federal quer estimular o turismo em favelas pacificadas do Rio de Janeiro e vai liberar recursos para capacitar e qualificar as comunidades e seus moradores para a recepção de turistas nacionais e estrangeiros, informou nesta segunda-feira o ministro do Turismo, Gastão Vieira.

"As comunidades pacificadas já estão inseridas no contexto turístico e agora depende do poder público contribuir com infraestrutura e recursos necessários para que esse trabalho seja desenvolvido", disse o ministro durante visita ao complexo de favelas do Alemão, na zona norte da capital. Vieira visitou o teleférico da comunidade, um dos pontos turísticos da região.

Somente no ano passado, estima-se que 100 mil turistas andaram no teleférico do Alemão. "Esse ponto turístico nasceu espontaneamente e agora depende do setor público contribuir com os recursos necessários para que este trabalho (fomento ao turismo) se desenvolva", afirmou o ministro, que estava acompanhado de autoridades do setor do Estado e do município.

A ideia de fomentar o turismo em áreas pacificadas surgiu depois de uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, que mostrou o interesse dos turistas em conhecer as comunidades do Rio de Janeiro após o processo de pacificação.

A pesquisa revelou que mais da metade dos turistas, nacionais ou estrangeiros, têm o desejo de conhecer uma favela da cidade.

Com a ajuda financeira, o governo federal pretende também estimular a organização e a economia das comunidades, uma vez que a maioria dos turistas que visitou uma comunidade do Rio gastou no máximo 5 reais em consumo.


REAVALIAÇÃO DAS UPPs

O modelo de segurança do Rio de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) está passando por um processo de reavaliação devido ao aumento dos casos de violência nas comunidades pacificadas e à resistência de alguns traficantes em permanecer nessas áreas.

O reforço do policiamento em uma área pacificada, o morro da Fallet, no centro da cidade, começou nesta segunda-feira e vai ser permanente. No conjunto de favelas da Penha, na zona norte, o efetivo também está sendo reforçado pela Secretaria de Segurança.

No fim do ano passado, o comando geral das UPPs mudou após a morte de dois policiais em confrontos com traficantes no conjunto de favelas do Alemão.

Atualmente, o Rio de Janeiro tem 30 UPPs espalhadas pela capital, e a meta é atingir 44 até a Copa do Mundo de 2014.

Nesta madrugada, um jovem traficante identificado como Luis Fernando da Silva morreu num confronto com policiais da UPP da Rocinha que faziam uma ronda pela comunidade. Com ele, os policiais encontraram fuzil, granadas, armas, drogas e munições.

A Rocinha é considerada o principal entreposto de venda de drogas na zona sul da capital e é palco de disputa entre traficantes rivais desde a prisão do líder da criminalidade Antonio Bonfim Lopes, o Nem, que está detido em um presídio federal.

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Rio de Janeiro - O governo federal quer estimular o turismo em favelas pacificadas do Rio de Janeiro e vai liberar recursos para capacitar e qualificar as comunidades e seus moradores para a recepção de turistas nacionais e estrangeiros, informou nesta segunda-feira o ministro do Turismo, Gastão Vieira.

"As comunidades pacificadas já estão inseridas no contexto turístico e agora depende do poder público contribuir com infraestrutura e recursos necessários para que esse trabalho seja desenvolvido", disse o ministro durante visita ao complexo de favelas do Alemão, na zona norte da capital. Vieira visitou o teleférico da comunidade, um dos pontos turísticos da região.

Somente no ano passado, estima-se que 100 mil turistas andaram no teleférico do Alemão. "Esse ponto turístico nasceu espontaneamente e agora depende do setor público contribuir com os recursos necessários para que este trabalho (fomento ao turismo) se desenvolva", afirmou o ministro, que estava acompanhado de autoridades do setor do Estado e do município.

A ideia de fomentar o turismo em áreas pacificadas surgiu depois de uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, que mostrou o interesse dos turistas em conhecer as comunidades do Rio de Janeiro após o processo de pacificação.

A pesquisa revelou que mais da metade dos turistas, nacionais ou estrangeiros, têm o desejo de conhecer uma favela da cidade.

Com a ajuda financeira, o governo federal pretende também estimular a organização e a economia das comunidades, uma vez que a maioria dos turistas que visitou uma comunidade do Rio gastou no máximo 5 reais em consumo.


REAVALIAÇÃO DAS UPPs

O modelo de segurança do Rio de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) está passando por um processo de reavaliação devido ao aumento dos casos de violência nas comunidades pacificadas e à resistência de alguns traficantes em permanecer nessas áreas.

O reforço do policiamento em uma área pacificada, o morro da Fallet, no centro da cidade, começou nesta segunda-feira e vai ser permanente. No conjunto de favelas da Penha, na zona norte, o efetivo também está sendo reforçado pela Secretaria de Segurança.

No fim do ano passado, o comando geral das UPPs mudou após a morte de dois policiais em confrontos com traficantes no conjunto de favelas do Alemão.

Atualmente, o Rio de Janeiro tem 30 UPPs espalhadas pela capital, e a meta é atingir 44 até a Copa do Mundo de 2014.

Nesta madrugada, um jovem traficante identificado como Luis Fernando da Silva morreu num confronto com policiais da UPP da Rocinha que faziam uma ronda pela comunidade. Com ele, os policiais encontraram fuzil, granadas, armas, drogas e munições.

A Rocinha é considerada o principal entreposto de venda de drogas na zona sul da capital e é palco de disputa entre traficantes rivais desde a prisão do líder da criminalidade Antonio Bonfim Lopes, o Nem, que está detido em um presídio federal.

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