Postos de gasolina: além da fiscalização das bombas, governo vai acompanhar investigação da violência contra os trabalhadores que estavam nas estradas (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 4 de junho de 2018 às 15h40.
Última atualização em 4 de junho de 2018 às 18h01.
Brasília - O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sérgio Etchegoyen, anunciou que "a partir de agora" o governo "estará focado na fiscalização" do desconto do preço do diesel nas bombas e vai usar "todo o poder de polícia" para garantir que a redução de R$ 0,46 chegue às bombas.
Segundo o ministro, a informação repassada pelo Ministério das Minas e Energia é de que "a própria BR Distribuidora já se antecipou e fez o desconto de todo o seu estoque, independente de quanto tenha custado", para assegurar o desconto.
Em relação à falta de gás, observada em diversos Estados e no Distrito Federal, o ministro disse que "não há mais o que fazer" e o "governo entregou às distribuidoras que têm de fazer chegar o produto à ponta da linha". Para o ministro, "já temos o abastecimento normalizado".
Etchegoyen declarou ainda que além da fiscalização das bombas, o governo vai acompanhar de perto a investigação da violência contra os trabalhadores que estavam nas estradas, das sabotagens nas linhas férreas e torres elétricas e o cumprimento de todos os itens do acordo com os caminhoneiros.
"As investigações continuam, os processos continuam e o governo empenhará os seus meios para que essas pessoas sejam devidamente levadas à Justiça", declarou o ministro, ao anunciar que o grupo de acompanhamento da normalização, "mudou de protagonismo" e "terá como ênfase", além da fiscalização da garantia do desconto do diesel na bomba, o acompanhamento do "prosseguimento das ações policiais judiciárias, os processos contra violência contra caminhoneiros e contra pessoas em geral".
Segundo o ministro, "a fiscalização será feita com toda a energia e empenho que a situação exige".
Questionado sobre prisões de agressores anunciadas pelo governo o ministro e que não teriam se concretizado, disse que "não poderia falar", mas assegurou que os processos continuam, assim como as ações judiciárias.
Apesar de o ministro falar em normalidade, muitos postos de combustível não estão recebendo o diesel com desconto no País, embora ele tenha assegurado que a BR Distribuidora já se antecipou e fez o desconto.
"O dado do MME, dado antes de vir para cá, para não dar informação equivocada, é de que todo o estoque, independente de quanto tenha custado, tem a redução de R$ 0,46", insistiu ele, acrescentando que "o governo, neste momento, está se reajustando para exercer a fiscalização disso".
Também em relação ao gás de cozinha, o ministro Etchegoyen reiterou: "o gás está normalizado nas distribuidoras. É possível que existam pontos em que não chegou na revenda, onde as pessoas vão comprar. Mas ele está normalizado. Não há mais o que fazer para chegar. O problema está resolvido. A partir de agora é reposição dos estoques na ponta da linha, da venda. O ministro insistiu que todos os meios serão empregados para garantia da fiscalização e a redução do preço do diesel.
O ministro Sérgio Etchegoyen confirmou também que o decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que estava em vigor desde o dia 25 de maio, convocando as Forças Armadas para trabalhar na fiscalização das estradas e dar segurança aos caminhoneiros não será renovado e se extingue hoje.
"As questões pelas quais o grupo de garantia de reabastecimento trabalhava e os temas relativos à defesa e segurança estão superados", disse ele, explicando que o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, assume a coordenação do grupo de fiscalização.