Brasil

Governo trabalha para conter gastos no primeiro trimestre

Novo decreto terá limite que representa o quanto o governo pode gastar em cada mês em relação ao total de despesas previstas no Orçamento para todo o ano

Governo: a ideia é gerir o orçamento com prudência no primeiro trimestre (Gabriel Vergani / EyeEm/Getty Images)

Governo: a ideia é gerir o orçamento com prudência no primeiro trimestre (Gabriel Vergani / EyeEm/Getty Images)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 16 de fevereiro de 2023 às 19h38.

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva trabalha para segurar as despesas no primeiro trimestre do ano e sinalizar o compromisso com a redução do déficit das contas públicas para pelo menos 1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023. O apontamento deverá constar no decreto de programação do Orçamento de 2023, que será divulgado nesta quinta-feira, 16.

O decreto vai estabelecer um cronograma de desembolso das despesas. Segundo apurou o Estadão, o texto deverá estabelecer um limite "um pouco menor" do que 1/12 (um doze avos) dos valores para movimentação e empenho de despesas discricionárias (não obrigatórias) de órgãos do Poder Executivo definidos na Lei Orçamentária de 2023.

O limite representa o quanto o governo pode gastar em cada mês em relação ao total de despesas previstas no Orçamento para todo o ano. Ou seja: os órgãos do governo só poderão desembolsar esse limite dos seus respectivos orçamentos estabelecidos para 2023. Na prática, esse limite representa um controle conhecido no jargão orçamentário de "boca do caixa".

Frear despesas

O Estadão apurou que a ideia é gerir o orçamento com prudência no primeiro trimestre até a divulgação do primeiro relatório de avaliação de receitas e despesas do Orçamento, que por lei deve ser enviado ao Congresso no dia 22 de março.

É nesse documento que o governo tem de adotar medidas, se necessário, para o cumprimento do teto de gastos, regra que limita o crescimento das despesas à variação da inflação. Caso haja necessidade de correção dos desvios, o governo tem de fazer um bloqueio preventivo. Apesar da intenção do governo Lula de revogar o teto e conseguir no Congresso a aprovação de uma nova regra fiscal, a medida ainda está valendo.

Nesse primeiro relatório, a expectativa do governo é de que haja um cenário bem melhor para o resultado primário, com uma reestimativa de receitas para cima decorrente do impacto das medidas do pacote de ajuste fiscal.

Acompanhe tudo sobre:Governo LulaOrçamento federal

Mais de Brasil

Prova de vida: quem precisa fazer em 2024

Ex-BBB, ex de Zezé e Luisa Mell são candidatos a vereador pelo União Brasil em SP

As cidades mais caras para viver no Brasil

Enchentes causam mais de R$ 10 bilhões em prejuízos ao Rio Grande do Sul, mostra relatório

Mais na Exame