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Governo Temer deveria se comportar como interino, diz Lula

Lula criticou o fato de o governo Temer realizar mudanças nesse período em que o afastamento de Dilma não está confirmado

Lula: "E se daqui a três meses a Dilma conquista a vitória no Senado, terá que refazer tudo, um país não pode suportar isso" (Ueslei Marcelino / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2016 às 15h31.

São Paulo - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em entrevista ao canal russo RT em espanhol, que o governo do presidente em exercício, Michel Temer , "deveria se comportar como interino", argumentando que o Senado pode ainda mudar de ideia e a presidente Dilma Rousseff voltar ao poder.

Na entrevista disponível no site do canal, Lula criticou o fato de o governo Temer - que na avaliação dele não tem legitimidade - realizar mudanças nesse período em que o afastamento de Dilma não está confirmado.

"E se daqui a três meses a Dilma conquista a vitória no Senado, terá que refazer tudo, um país não pode suportar isso", avaliou.

"O governo interino está atuando com muita falta de respeito àquilo que o Senado lhe deu: uma interinidade."

Lula qualificou o processo de afastamento de Dilma como um "estupro contra a democracia brasileira".

Segundo ele, seu desconforto no dia do afastamento ocorreu não apenas porque a presidente deixava o poder de forma abrupta, mas a interrupção de "todo um projeto, de sonhos, de inclusão social".

Na entrevista, Lula defendeu seu legado de aumento da classe média e retirada de milhões da miséria.

O ex-presidente disse que, caso houvesse um acordo geral, seria possível convocar eleições gerais e também uma assembleia para realizar uma reforma política, mas rechaçou a administração de Temer.

"Não se pode conformar é que, em pleno século 21, tenhamos um governo ilegítimo."

Lula diz na entrevista que o Brasil "tem uma democracia muito recente, de apenas 31 anos", mas que "para os conservadores parece que era muito tempo".

Ele criticou o impacto desse fato para a imagem do País. Segundo o petista, há muitos brasileiros dispostos a ir às ruas, como "artistas", "intelectuais", "sindicalistas", "os negros".

O ex-presidente disse que Dilma foi vítima de "um boicote dos meios de comunicação e de empresários que não pagaram seus impostos para diminuir a arrecadação do governo".

Lula também fez um mea culpa, ao dizer que é preciso "admitir nossos erros", porque a presidente foi eleita com um discurso, mas depois da vitória "não fizemos o que dissemos".

Segundo ele, Dilma é consciente de que "terá de mudar muitas coisas para governar com o apoio da maioria do povo brasileiro".

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Na entrevista disponível no site do canal, Lula criticou o fato de o governo Temer - que na avaliação dele não tem legitimidade - realizar mudanças nesse período em que o afastamento de Dilma não está confirmado.

"E se daqui a três meses a Dilma conquista a vitória no Senado, terá que refazer tudo, um país não pode suportar isso", avaliou.

"O governo interino está atuando com muita falta de respeito àquilo que o Senado lhe deu: uma interinidade."

Lula qualificou o processo de afastamento de Dilma como um "estupro contra a democracia brasileira".

Segundo ele, seu desconforto no dia do afastamento ocorreu não apenas porque a presidente deixava o poder de forma abrupta, mas a interrupção de "todo um projeto, de sonhos, de inclusão social".

Na entrevista, Lula defendeu seu legado de aumento da classe média e retirada de milhões da miséria.

O ex-presidente disse que, caso houvesse um acordo geral, seria possível convocar eleições gerais e também uma assembleia para realizar uma reforma política, mas rechaçou a administração de Temer.

"Não se pode conformar é que, em pleno século 21, tenhamos um governo ilegítimo."

Lula diz na entrevista que o Brasil "tem uma democracia muito recente, de apenas 31 anos", mas que "para os conservadores parece que era muito tempo".

Ele criticou o impacto desse fato para a imagem do País. Segundo o petista, há muitos brasileiros dispostos a ir às ruas, como "artistas", "intelectuais", "sindicalistas", "os negros".

O ex-presidente disse que Dilma foi vítima de "um boicote dos meios de comunicação e de empresários que não pagaram seus impostos para diminuir a arrecadação do governo".

Lula também fez um mea culpa, ao dizer que é preciso "admitir nossos erros", porque a presidente foi eleita com um discurso, mas depois da vitória "não fizemos o que dissemos".

Segundo ele, Dilma é consciente de que "terá de mudar muitas coisas para governar com o apoio da maioria do povo brasileiro".

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