Brasil

Governo Temer busca 56 votos para votar a reforma da Previdência

Planalto espera fechar a conta até o fim desta semana para que a proposta comece a ser discutida pelos deputados já na próxima segunda-feira

Darcísio Perondi (PMDB-RS): "hoje temos 252 votos a favor e 140 indecisos" (Câmara dos Deputados/Divulgação)

Darcísio Perondi (PMDB-RS): "hoje temos 252 votos a favor e 140 indecisos" (Câmara dos Deputados/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de dezembro de 2017 às 07h22.

Brasília - O governo calcula que faltam 56 votos para alcançar o mínimo de 308 que são necessários para aprovação da reforma da Previdência na Câmara.

O Planalto espera fechar essa conta até o fim desta semana para que a proposta comece a ser discutida pelos deputados já na próxima segunda-feira.

O presidente Michel Temer acertou com lideranças governistas e com o relator da reforma, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), um esforço na busca pelos votos restantes.

Para aprovar a reforma na Câmara, o governo precisa de pelo menos 308 votos em cada uma das duas votações no plenário.

Governistas dizem, porém, que só querem votar a proposta quando tiverem cerca de 330 votos garantidos.

"Hoje temos 252 votos a favor e 140 indecisos", disse ao Estadão/Broadcast Darcísio Perondi (PMDB-RS), vice-líder do governo na Câmara e um dos responsáveis por calcular os votos. Nesta terça-feira, 5, Temer disse que o governo não colocará o texto em votação se os partidos da base não garantirem votos suficientes para aprová-lo.

"Acho que vai ser agora pelo que estou sentindo. Estou animadíssimo", disse em evento no Itamaraty.

O governo espera conseguir os votos que faltam após partidos da base aliada decidirem por obrigar seus deputados a votarem a favor da reforma.

O movimento deve ser puxado por PMDB e PSDB. Ontem, o líder do PMDB, Baleia Rossi (SP), disse que já há maioria na direção nacional da sigla para fechar questão até o fim da semana. O PMDB deve tomar a decisão hoje.

O fechamento de questão sobre um tema é uma decisão tomada pela maioria da executiva nacional de um partido. Quando isso acontece, parlamentares que votarem de forma diferente ao que determinou a direção da legenda podem ser punidos até mesmo com a expulsão.

Na avaliação do relator, o fechamento de questão deve ajudar consideravelmente a conseguir os votos que faltam. Para ele, há "grandes chances" de a matéria ser votada na Câmara ainda este ano.

Segundo Oliveira Maia, a expectativa é começar a votação na terça-feira, dia 12. "Se votarmos o primeiro turno na semana que vem, dá para votar em segundo turno na outra", declarou o relator, que se reuniu ontem com Temer.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse ter certeza que o governo conseguirá os 308 votos necessários, mas não se comprometeu em pautar a matéria no plenário para a próxima semana. "A gente não vai a voto sem número."

O governo também trabalha para convencer os 38 deputados do PSD e os 37 do PR a votarem a favor da reforma. Integrantes do chamado Centrão, esses são os partidos da base que apresentam maior resistência à proposta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosGoverno TemerMichel TemerReforma da Previdência

Mais de Brasil

Após indiciamento de Bolsonaro, STF analisará pedido para tirar Moraes de investigação sobre golpe

Governo Lula é desaprovado por 51% e aprovado por 46,1%, diz Paraná Pesquisas

Chuvas intensas se concentram em pequenas regiões, mas alertas avançam no Sul; veja a previsão

STF analisa hoje ações que criam regras para responsabilizar redes sociais por conteúdos; entenda