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Governo projeta quatro novas usinas nucleares no Brasil

Usinas deverão complementar a geração elétrica diante de um cenário de esgotamento do aproveitamento hídrico


	Vista de Angra 2, no Rio de Janeiro, uma das usinas nucleares do Brasil
 (AFP / vanderlei almeida)

Vista de Angra 2, no Rio de Janeiro, uma das usinas nucleares do Brasil (AFP / vanderlei almeida)

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2014 às 19h16.

Rio - O governo projeta a instalação de quatro novas usinas nucleares no Brasil, para complementar a geração elétrica, diante de um cenário de esgotamento do aproveitamento hídrico, informou o secretário de Energia do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura Filho.

A expectativa, afirmou, é que o potencial hidrelétrico seja esgotado no quinquênio de 2025 a 2030.

Frente a essa perspectiva, o governo está revisando o Plano Nacional de Energia 2050, que deverá ser divulgado ainda neste ano.

Para substituir a redução da produção de energia hídrica, é esperado, além das nucleares, o aumento da participação das térmicas a carvão e a gás natural na matriz energética brasileira.

"É claro que vamos ter também biomassa, eólica e solar e vamos tentar colocar o máximo possível sem prejudicar a operação", frisou Ventura, que participou nesta sexta-feira, 12, no Rio, do seminário Perspectivas da Energia Nuclear no Brasil.

A Eletronuclear está trabalhando para colocar em operação comercial a terceira usina nuclear, Angra 3, em dezembro de 2018. A data inicialmente prevista era maio do mesmo ano.

Mas, antes mesmo disso, a usina irá contribuir com energia no Sistema Interligado Nacional (SIN), em fase de testes.

No início do próximo ano, serão retomadas as obras. A Eletronuclear, subsidiária do grupo Eletrobras, fechou os três principais contratos que envolvem a construção.

O último, informou o diretor de Planejamento da Eletronuclear, Leonam Guimarães, foi o de contratação de bens e serviços internacionais, fechado com a Areva.

As obras passaram por vários percalços nos últimos meses que atrasaram o cronograma.

A construtora Andrade Gutierrez retirou os seus homens do canteiro e a contratação da fase eletromecânica foi adiada várias vezes por causa de intervenções na Justiça dos concorrentes que participaram da licitação.

"A Andrade Gutierrez ainda está fazendo todo um trabalho de remobilização, de recontratação de pessoas e recomposição de maquinaria que tinha lá", contou Guimarães.

O trabalho de instalação dos equipamentos eletromecânicos também está sendo iniciado.

"É preciso preparar a infraestrutura e isso já está em andamento, para que efetivamente no início do ano que vem seja iniciado o trabalho de forma sustentável", contou o diretor da Eletronuclear.

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