Governo pretende privatizar porto de Vitória, dizem fontes
Uma das fontes disse que o processo que será estudado para Vitória é diferente dos arrendamentos de áreas portuárias já feitas até agora
Reuters
Publicado em 17 de abril de 2017 às 19h29.
Última atualização em 17 de abril de 2017 às 19h45.
Brasília - O governo federal vai iniciar estudos para privatizar o porto de Vitória (ES), disseram à Reuters nesta segunda-feira duas fontes do governo que acompanham o assunto.
Uma das fontes disse que o processo que será estudado para Vitória é diferente dos arrendamentos de áreas portuárias já feitas até agora. "A ideia nesse caso é privatizar o porto inteiro", disse.
Até agora o porto de Vitória não constava oficialmente dos planos de transferência à iniciativa privada de ativos na área de portos.
No calendário do governo federal para este ano e 2018 constavam principalmente leilões de terminais, como o de trigo do Rio de Janeiro, que será leiloado na próxima quinta-feira, dia 20.
No final de março, consórcio formado por Petrobras Distribuidora e Petróleo Sabbá venceram leilão de dois terminais de combustíveis no porto de Santarém, no Pará, ofertando ágios de 62 e 230 por cento em relação aos preços iniciais.
No total, o governo arrecadou cerca de 68 milhões de reais com o leilão.
Administrado pela Codesa, o Porto de Vitória movimentou 6 milhões de toneladas líquidas de mercadorias diversas em 2016, volume cerca de 3 por cento abaixo de 2015, segundo informações da Codesa.
No primeiro bimestre deste ano, a movimentação total somou cerca de 1,1 milhão de toneladas, com alta de 29 por cento ante o mesmo período de 2016.
O porto tem 14 berços de atracação e canal de 7,5 quilômetros de extensão com largura máxima de 215 metros e é capaz de receber navios de tipo Panamax, segundo a Codesa.
As cargas predominantes no porto de Vitória incluem contêineres, café, produtos siderúrgicos, concentrado de cobre, fertilizantes, celulose, açúcar e automóveis e máquinas e equipamentos.
Representantes do porto não puderam ser contatados fora do horário comercial para comentar o assunto.