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Governo não teme CPI exclusiva da Petrobras, diz Carvalho

Ontem, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, determinou a instalação de uma CPI restrita a fatos envolvendo a Petrobras


	Gilberto Carvalho: segundo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, governo só espera que CPI não seja palco político, mirando eleições deste ano
 (Elza Fiuza/ABr)

Gilberto Carvalho: segundo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, governo só espera que CPI não seja palco político, mirando eleições deste ano (Elza Fiuza/ABr)

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Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2014 às 20h57.

São Paulo - O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse hoje (24), em São Paulo, que o governo federal não teme a investigação exclusiva sobre a Petrobras na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado.

Ontem (23), a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, determinou a instalação de uma CPI restrita a fatos envolvendo a Petrobras.

“Não vou discutir uma decisão do Supremo, e muito menos uma intromissão no Legislativo. O ex-presidente Lula disse para a gente, desde 2003, que, neste governo, quem não quer ser investigado que não erre. Aprendemos a conviver com esse processo de investigação. Não tem problema nenhum, não temos medo dela. Acho que isso é parte da democracia. Mas o foco do governo não será a CPI. O foco do governo, neste momento, é lutar contra a inflação, a retomada do desenvolvimento e a Copa do Mundo”, disse o ministro, logo após participar de evento com movimentos sociais para debater a Copa do Mundo da Fifa Brasil 2014, de 12 de junho a 13 de julho.

Segundo o ministro, o governo só espera que a CPI não seja um palco político, mirando as eleições deste ano.

“Já tivemos muitas CPIs ao longo desses últimos 11 anos, ao contrário dos outros governos. Não podemos ter medo. Só esperamos que ela, de fato, seja objeto de investigação e não palco de pura política”.

Carvalho também disse que é muito cedo para pensar em eleições ou que a CPI possa trazer dificuldades para a campanha de reeleição da presidenta Dilma Rousseff.

“Não vejo nenhuma relação, nenhum receio. Eleição, o povo vai discutir prá valer após a Copa, e vai depender dos programas apresentados e da nossa capacidade de mostrar o que realizamos nos últimos 12 anos”, falou.

Durante o evento, realizado à tarde, na capital paulista, o ministro enfatizou ainda que o governo federal está preparando o relançamento do Programa Minha Casa, Minha Vida 3, o que deve ocorrer em agosto deste ano.

“Possivelmente para o mês de agosto. Estamos trabalhando nisso”, disse ele.

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