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Incêndios no Pantanal: governo estuda aumentar orçamento para combater o fogo na região

MS decretou estado de emergência; bioma bate recorde e registra semestre com maior quantidade de incêndios da história

Incêndios castigam o Pantanal em dezembro de 2023 (Joédson Alves/Agência Brasil)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 25 de junho de 2024 às 07h11.

Última atualização em 25 de junho de 2024 às 07h35.

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou nesta segunda-feira, 24, que o governo federal estuda ampliar os recursos previstos para combater os incêndios no Pantanal. Tebet se reuniu com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, para discutir ações de controle e enfrentamento de incêndios na região, que passa pelo pior semestre de queimadas da história.

No domingo, imagens das celebrações do Arraial do Banho de São João em Corumbá, no interior do estado, mostraram o momento em que ocorria um incêndio de grandes proporções na região. Após as imagens viralizarem, ogoverno de Mato Grosso do Sul decretou, nesta segunda-feira, 25, situação de emergência nos municípios afetados pelo fogo.

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"Não faltarão recursos do governo federal, é claro que com responsabilidade e analisando caso a caso. Mas na próxima reunião, nesta semana, os ministérios apresentarão os custos necessários e o orçamento a mais que vai ser necessário para que possamos tomar a primeira deliberação na Junta de Execução Orçamentária", afirmou Tebet.

Segundo a ministra, a Junta de Execução Orçamentária (JEO) se reunirá na próxima quarta-feira, quando devediscutir a necessidade de crédito extraordinário e qual será o valor dos recursos destinados ao enfrentamento dos incêndios.O montante ainda não está definido e servirá para o apoio na contratação de brigadistas e gastos com aeronaves e abastecimentos.

Assim como o Cerrado, o Pantanal bateu recorde e registrou, neste semestre, a pior quantidade de focos de incêndio na história, segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). São 3.262 focos entre 1º de janeiro e 23 de junho, 22 vezes mais do que o registrado no mesmo período de 2023. Também ultrapassou os números do primeiro semestre de 2020 (2.534 focos), período que até então possuía o recorde de queimadas.

"Isso infelizmente é o novo normal. É fundamental parar de usar fogo para qualquer coisa. Não tem incêndio por raio, o que está acontecendo é incêndio por ação humana", disse Marina Silva.

Mato grosso do Sul declara emergência

Conforme o decreto de emergência do Mato Grosso do Sul, três municípios estão em condições de seca severa. O documento também destaca a "situação crítica de escassez quantitativa dos recursos hídricos" na bacia do Rio Paraguai.

Eduardo Riedel (PSDB), governador de Mato Grosso do Sul, tomou a decisão sob a justificativa de que as condições de seca no estado têm se intensificado e acarretado em um "aumento exponencial dos focos de calor".

O governo estadual também solicitou apoio do governo federal para combater os incêndios florestais no Pantanal. O Exército irá disponibilizar quatro aeronaves de grande porte, e 50 agentes da Força Nacional devem ser enviados ao estado para realizar ações por terra. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) também cederá três aeronaves para os trabalhos de combate ao incêndio.

(Com O Globo)

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