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Governo fala em 'flagrante desrespeito' a direitos de brasileiros algemados e deportados pelos EUA

Polícia Federal informou que liberou os passageiros dos equipamentos após pouso de avião em Manaus

Agência o Globo
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Publicado em 25 de janeiro de 2025 às 14h21.

O Ministério da Justiça informou neste sábado que o ministro Ricardo Lewandowski relatou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma tentativa de autoridades dos Estados Unidos de manter cidadãos brasileiros algemados durante um voo de deportação. O caso foi reportado pelo diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos.

O voo, que partiu dos EUA com destino ao Aeroporto de Confins, em Minas Gerais, precisou realizar um pouso em Manaus devido a problemas técnicos.

Intervenção imediata da Polícia Federal

De acordo com nota divulgada pelo Ministério da Justiça (MJ), por orientação de Lewandowski, a Polícia Federal interveio e determinou a retirada imediata das algemas pelos representantes do governo norte-americano.

"O ministro destacou ao presidente o flagrante desrespeito aos direitos fundamentais dos cidadãos brasileiros", afirmou a nota.

A Polícia Federal informou que os brasileiros algemados foram liberados assim que chegaram ao Brasil. “A Polícia Federal proibiu que os brasileiros fossem novamente detidos pelas autoridades americanas”, informou o órgão.

Acolhimento aos deportados

Os passageiros foram acomodados na área restrita do aeroporto em Manaus, onde receberam suporte. Segundo a PF, comida, bebida, colchões e banheiros com chuveiros foram disponibilizados para garantir o bem-estar dos deportados.

Além disso, o Ministério destacou a ação do presidente Lula, que determinou a mobilização de uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para transportar os brasileiros até o destino final. A medida visou assegurar que os cidadãos pudessem completar a viagem com dignidade e segurança.

Nota oficial do Ministério da Justiça

O Ministério reforçou, em nota oficial, que a dignidade da pessoa humana é um princípio fundamental da Constituição Federal e um dos pilares do Estado Democrático de Direito. “Esses valores são inegociáveis”, concluiu a pasta.

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