Brasil

Governo diz trabalhar dia e noite para evitar racionamento

Ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, acrescentou em entrevista que espera a desoneração da geração solar


	Braga: ele lembrou que o consumo de energia deve ser reduzido por fatores como o próprio nível de atividade econômica
 (Geraldo Magela/Agência Senado)

Braga: ele lembrou que o consumo de energia deve ser reduzido por fatores como o próprio nível de atividade econômica (Geraldo Magela/Agência Senado)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de março de 2015 às 08h48.

Brasília - O governo está trabalhando “de manhã, de tarde e de noite” para que não ocorra um racionamento de energia elétrica no Brasil, disse o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, em entrevista na noite de segunda-feira, acrescentando que espera a desoneração da geração solar distribuída para o lançamento de um novo programa.

No programa Roda Viva, da TV Cultura, Braga disse que tem feito duas reuniões semanais internas no ministério para monitorar a situação do abastecimento de eletricidade, além de conversas quinzenais com a presidente Dilma Rousseff sobre o assunto.

A próxima reunião com a presidente está prevista para a manhã desta terça-feira.

“Estamos fazendo uma reunião com a presidente a cada 15 dias, apresentando plano A, plano B, plano C e plano D”, disse Braga, sem apresentar detalhes, mencionando que em fevereiro houve uma melhora nos reservatórios das principais hidrelétricas do país.

Durante a entrevista, Braga reconheceu que “é preciso que São Pedro ajude”, mas reiterou que o consumidor também precisa ajudar evitando o desperdício de energia.

Em janeiro, o ministro afirmou que "não teremos racionamento de energia, temos um sistema elétrico robusto e confiável".

Também no mês passado, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), colegiado presidido pelo Ministério de Minas e Energia, elevou de 4,9 para 7,3 por cento o risco de faltar energia no Sudeste e Centro-Oeste do país, ultrapassando do risco tolerável de 5 por cento.

Na entrevista de segunda-feira, Braga lembrou que o consumo de energia deve ser reduzido por fatores como o próprio nível de atividade econômica, mas também por conta do impacto da alta das tarifas.

Na semana passada, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou revisões extraordinárias de tarifa para 58 distribuidoras que vão elevar a conta de luz, em média, em 23,4 por cento no país.

Além disso, Braga disse que estão sendo iniciadas campanhas para incentivar o uso mais eficiente da energia.

“Vamos lançar em duas semanas um programa de eficiência energética inédito no Brasil”, disse o ministro na TV.

Braga espera ainda que na próxima reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) os secretários de Fazenda dos Estados aprovem a desoneração da geração solar distribuída.

“Isso vai abrir uma avenida para a gente poder lançar um novo programa, e a gente espera poder lançar ainda no primeiro semestre, de geração distribuída solar”, disse o ministro.

Petrobras 

Durante a entrevista, Braga afirmou ainda acreditar que “o desinvestimento é um dos caminhos para a Petrobras”.

Na segunda-feira, a estatal anunciou a aprovação de plano para desinvestir 13,7 bilhões de dólares entre 2015 e 2016, um aumento em relação aos desinvestimentos de até 11 bilhões de reais que estavam previstos no período 2014-2018.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaDados de BrasilEnergiaEnergia elétricaServiços

Mais de Brasil

A três meses das eleições, cenário já mostra favoritos e disputas emboladas nas capitais; confira

Após indiciamento, Bolsonaro é aplaudido em evento conservador ao dizer estar pronto para sabatina

Nova onda de frio chega ao País: saiba o que esperar do clima nos próximos dias

Eleições municipais: restrições entram em vigor a partir deste sábado

Mais na Exame