Governo descarta elevar frequência de voos em Congonhas
Decisão vai contra interesses dos quatro maiores grupos aéreos do país
Da Redação
Publicado em 26 de fevereiro de 2013 às 16h31.
Brasília - O governo descarta aumentar o número de pousos e decolagens por hora no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e vai priorizar novos entrantes ou empresas com baixa participação no aeroporto ao redistribuir os slots que forem retomados por problemas de qualidade do serviço, informou à Reuters uma fonte do governo que acompanha de perto o assunto.
As novas regras para a distribuição de horários de pouso e decolagem (slots) nos principais aeroportos do país devem ser apresentadas até maio pela Secretaria de Aviação Civil e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
A decisão de não elevar o número de voos por hora em Congonhas, o mais movimentado do país, vai contra o interesse dos quatro maiores grupos aéreos do país, reunidos pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que manifestaram apoio à revisão dos slots em Congonhas, mas desde que haja um aumento nas frequências, hoje em 34 movimentos por hora.
O número de movimentos foi reduzido de 54 para 34 depois do acidente com um avião da TAM no aeroporto, em 2007. O governo, porém, descarta o aumento para garantir a segurança do aeroporto.
"Não está na mesa. Aumentar o número de voos não é a proposta. A proposta é distribuir do jeito que está lá, dada a restrição que existe no aeroporto de Congonhas, que é de 30 movimentos para aviação regular e 4 para aviação geral", disse a fonte que preferiu não ser identificada.
Entre as propostas que estão em análise pelo governo, e que devem entrar em vigor depois de maio, está a retomada de slots de empresas que não estejam cumprindo metas de redução de cancelamentos e de atrasos, medidas a cada 6 meses.
Exigências diferentes serão estabelecidas para cada aeroporto. No caso de Congonhas, a ideia, segundo essa fonte, é aplicar uma meta de 80 por cento de regularidade, ou seja, de voos que não sejam cancelados, e de 90 por cento de pontualidade.
Quem não cumprir pode perder o slot, que será redistribuído pelo governo. O que está em estudo, para o caso de Congonhas, é priorizar a entrada de novas empresas ou a ampliação de empresas com pouca participação no terminal, beneficiando companhias como a Azul Linhas Aéreas.
"A ideia é que 80 por cento dos slots retirados de Congonhas sejam destinados a empresas que não atuam no aeroporto ou que tenham menos de 10 por cento", disse a fonte.
Atualmente, TAM e Gol detêm a maioria dos slots do aeroporto, mas outras empresas aéreas têm interesse em elevar a participação em voos que partem e chegam em Congonhas.
A distribuição, segundo ele, não será mediante pagamento de outorga "para não onerar mais o setor", mas seguirá critérios técnicos, como a disponibilidade de aviões das companhias para começar a operar aquela frequência.
LEILÃO Segundo a fonte, o governo segue trabalhando na elaboração dos estudos econômicos que vão embasar os editais de concessão dos aeroportos de Galeão (RJ) e Confins (MG), que devem ir a leilão em setembro.
"Os estudos devem ficar prontos em abril", disse a fonte, ressaltando que esse trabalho definirá, por exemplo, o prazo das concessões, ainda não divulgado, e detalhes sobre os investimentos e receitas.
Numa análise inicial, porém, a fonte avalia que, pelo menos em comparação aos aeroportos já licitados, como Guarulhos e Viracopos (SP), os dois terminais que vão a leilão este ano devem exigir menos investimentos nos primeiros anos de contrato. "E isso deve aumentar a atratividade dos projetos", disse.
Sem citar nomes, a fonte disse que praticamente todos os grupos que participaram dos leilões de Guarulhos, Viracopos e Brasília no ano passado têm sinalizado interesse nas concessões de Galeão e Confins. O leilão do ano passado teve participação de 11 consórcios.
Brasília - O governo descarta aumentar o número de pousos e decolagens por hora no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e vai priorizar novos entrantes ou empresas com baixa participação no aeroporto ao redistribuir os slots que forem retomados por problemas de qualidade do serviço, informou à Reuters uma fonte do governo que acompanha de perto o assunto.
As novas regras para a distribuição de horários de pouso e decolagem (slots) nos principais aeroportos do país devem ser apresentadas até maio pela Secretaria de Aviação Civil e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
A decisão de não elevar o número de voos por hora em Congonhas, o mais movimentado do país, vai contra o interesse dos quatro maiores grupos aéreos do país, reunidos pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que manifestaram apoio à revisão dos slots em Congonhas, mas desde que haja um aumento nas frequências, hoje em 34 movimentos por hora.
O número de movimentos foi reduzido de 54 para 34 depois do acidente com um avião da TAM no aeroporto, em 2007. O governo, porém, descarta o aumento para garantir a segurança do aeroporto.
"Não está na mesa. Aumentar o número de voos não é a proposta. A proposta é distribuir do jeito que está lá, dada a restrição que existe no aeroporto de Congonhas, que é de 30 movimentos para aviação regular e 4 para aviação geral", disse a fonte que preferiu não ser identificada.
Entre as propostas que estão em análise pelo governo, e que devem entrar em vigor depois de maio, está a retomada de slots de empresas que não estejam cumprindo metas de redução de cancelamentos e de atrasos, medidas a cada 6 meses.
Exigências diferentes serão estabelecidas para cada aeroporto. No caso de Congonhas, a ideia, segundo essa fonte, é aplicar uma meta de 80 por cento de regularidade, ou seja, de voos que não sejam cancelados, e de 90 por cento de pontualidade.
Quem não cumprir pode perder o slot, que será redistribuído pelo governo. O que está em estudo, para o caso de Congonhas, é priorizar a entrada de novas empresas ou a ampliação de empresas com pouca participação no terminal, beneficiando companhias como a Azul Linhas Aéreas.
"A ideia é que 80 por cento dos slots retirados de Congonhas sejam destinados a empresas que não atuam no aeroporto ou que tenham menos de 10 por cento", disse a fonte.
Atualmente, TAM e Gol detêm a maioria dos slots do aeroporto, mas outras empresas aéreas têm interesse em elevar a participação em voos que partem e chegam em Congonhas.
A distribuição, segundo ele, não será mediante pagamento de outorga "para não onerar mais o setor", mas seguirá critérios técnicos, como a disponibilidade de aviões das companhias para começar a operar aquela frequência.
LEILÃO Segundo a fonte, o governo segue trabalhando na elaboração dos estudos econômicos que vão embasar os editais de concessão dos aeroportos de Galeão (RJ) e Confins (MG), que devem ir a leilão em setembro.
"Os estudos devem ficar prontos em abril", disse a fonte, ressaltando que esse trabalho definirá, por exemplo, o prazo das concessões, ainda não divulgado, e detalhes sobre os investimentos e receitas.
Numa análise inicial, porém, a fonte avalia que, pelo menos em comparação aos aeroportos já licitados, como Guarulhos e Viracopos (SP), os dois terminais que vão a leilão este ano devem exigir menos investimentos nos primeiros anos de contrato. "E isso deve aumentar a atratividade dos projetos", disse.
Sem citar nomes, a fonte disse que praticamente todos os grupos que participaram dos leilões de Guarulhos, Viracopos e Brasília no ano passado têm sinalizado interesse nas concessões de Galeão e Confins. O leilão do ano passado teve participação de 11 consórcios.