Coronavac: o secretário da Saúde do estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn, e o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, acompanharam a chegada do quarto lote vindo da China (Germano Lüders/Exame)
Estadão Conteúdo
Publicado em 24 de dezembro de 2020 às 12h02.
O governo do estado de São Paulo recebeu na manhã desta quinta-feira, 24, 5,5 milhões de doses da Coronavac, vacina produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. Trata-se do maior lote recebido até o momento pelo governo paulista.
O secretário da Saúde do Estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn, e o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, acompanharam a chegada do quarto lote vindo da China. O avião pousou no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, às 5h30 da manhã.
A carga é composta por 2,1 milhões de doses já prontas para aplicação e mais 2,1 mil litros de insumos para fabricação de outras 3,4 milhões de doses. Segundo o governo, a previsão é que dois novos lotes sejam entregues nos dias 28 e 30 deste mês, somando 10,8 milhões de unidades recebidas.
Na última quarta-feira, o Instituto Butantan anunciou que a vacina desenvolvida em parceria com a farmacêutica Sinovac, da China, superou o índice mínimo de eficácia exigido pelas agências regulatórias - esta marca é de 50%. Nem o Butantã, nem o governo estadual, porém, apresentaram o porcentual exato de eficácia do imunizante. Os dados oficiais do estudo também não foram ainda mostrados. A justificativa foi a de que a Sinovac solicitou a base de dados para mais análises - trata-se da quarta vez que a apresentação dos resultados de eficácia é adiada.
Os dados divulgados ontem, porém, ainda que incompletos, trouxeram alívio para cientistas e frustração para a ala política do governo, que chegou a vazar para a imprensa que a eficácia da vacina era superior a 90%.