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Governo de SP pede reintegração de escola invadida

Cerca de 30 alunos invadiram o prédio de uma escola estadual em protesto contra a reorganização da rede promovida pela Secretaria da Educação

A Escola Estadual Fernão Dias Paes, em São Paulo, está cercada pela PM desde a tarde de terça-feira (Reprodução/YouTube)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2015 às 20h50.

São Paulo - O governo do Estado entrou, na tarde desta quarta-feira, 11, com pedido de reintegração de posse da Escola Estadual Fernão Dias Paes, invadida por alunos em Pinheiros, zona oeste de São Paulo , na terça-feira.

Até as 19h30, o Tribunal de Justiça (TJ-SP) não havia analisado o pedido.

Cerca de 30 alunos invadiram o prédio em protesto contra a reorganização da rede promovida pela Secretaria da Educação.

Houve confronto entre policiais militares que cercam o prédio e estudantes, e um professor, diretor da Apeoesp, principal sindicato da categoria, foi preso por desacato.

A escola está cercada pela PM desde a tarde de terça-feira. Ninguém está autorizado a entrar no prédio, mas seis alunos que participavam da ocupação deixaram o local após se identificar.

O professor de Geografia José Roberto Guido teria tentado evitar que a polícia identificasse os estudantes, foi detido e agredido com cassetete.

Pela manhã, a PM usou spray de pimenta contra duas adolescentes, de 15 e 16 anos, que protestavam na frente do colégio. Uma delas chegou a desmaiar e precisou ser levada para um hospital da região.

Sandy Rodrigues, de 15 anos, foi uma das atingidas pelos policiais.

"Nós recebemos a informação de que estavam jogando bombas de gás lacrimogêneo dentro da escola. Quando fomos até o local, os policiais nos cercaram, nos encurralaram e nos agrediram", disse a jovem.

Na terça, já havia sido registrada confusão no local, quando a PM tentou deter duas adolescentes que deixaram o prédio.

O ato ganhou a adesão de integrantes do Movimento Passe Livre (MPL) e do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). Eles passaram a noite na frente do colégio.

Desocupação

Lays, de 16 anos, foi uma das jovens que deixaram o prédio durante a tarde. Ela disse que desistiu de participar da invasão porque estava "muito cansada".

"Não concordo com a reorganização nem com a forma como a polícia está lidando com a gente, mas estou muito cansada e não conseguia ficar mais tempo lá." Ela não quis dizer o nome completo.

De acordo com a capitão Cibele Marsolla, da assessoria de imprensa da PM, os policiais assumiram o controle da escola e, por isso, têm feito o controle dos alunos que saem.

"Hoje não é um dia de funcionamento normal. Por isso, precisamos saber a identificação de cada um deles e saber se estão bem. Repassamos todas essas informações para o Conselho Tutelar", disse.

A dirigente de ensino da região centro-oeste, Rosangela Aparecida Valim, voltou a dizer que a invasão é arbitrária.

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São Paulo - O governo do Estado entrou, na tarde desta quarta-feira, 11, com pedido de reintegração de posse da Escola Estadual Fernão Dias Paes, invadida por alunos em Pinheiros, zona oeste de São Paulo , na terça-feira.

Até as 19h30, o Tribunal de Justiça (TJ-SP) não havia analisado o pedido.

Cerca de 30 alunos invadiram o prédio em protesto contra a reorganização da rede promovida pela Secretaria da Educação.

Houve confronto entre policiais militares que cercam o prédio e estudantes, e um professor, diretor da Apeoesp, principal sindicato da categoria, foi preso por desacato.

A escola está cercada pela PM desde a tarde de terça-feira. Ninguém está autorizado a entrar no prédio, mas seis alunos que participavam da ocupação deixaram o local após se identificar.

O professor de Geografia José Roberto Guido teria tentado evitar que a polícia identificasse os estudantes, foi detido e agredido com cassetete.

Pela manhã, a PM usou spray de pimenta contra duas adolescentes, de 15 e 16 anos, que protestavam na frente do colégio. Uma delas chegou a desmaiar e precisou ser levada para um hospital da região.

Sandy Rodrigues, de 15 anos, foi uma das atingidas pelos policiais.

"Nós recebemos a informação de que estavam jogando bombas de gás lacrimogêneo dentro da escola. Quando fomos até o local, os policiais nos cercaram, nos encurralaram e nos agrediram", disse a jovem.

Na terça, já havia sido registrada confusão no local, quando a PM tentou deter duas adolescentes que deixaram o prédio.

O ato ganhou a adesão de integrantes do Movimento Passe Livre (MPL) e do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). Eles passaram a noite na frente do colégio.

Desocupação

Lays, de 16 anos, foi uma das jovens que deixaram o prédio durante a tarde. Ela disse que desistiu de participar da invasão porque estava "muito cansada".

"Não concordo com a reorganização nem com a forma como a polícia está lidando com a gente, mas estou muito cansada e não conseguia ficar mais tempo lá." Ela não quis dizer o nome completo.

De acordo com a capitão Cibele Marsolla, da assessoria de imprensa da PM, os policiais assumiram o controle da escola e, por isso, têm feito o controle dos alunos que saem.

"Hoje não é um dia de funcionamento normal. Por isso, precisamos saber a identificação de cada um deles e saber se estão bem. Repassamos todas essas informações para o Conselho Tutelar", disse.

A dirigente de ensino da região centro-oeste, Rosangela Aparecida Valim, voltou a dizer que a invasão é arbitrária.

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