Brasil

Governo da Venezuela rejeitou doação de remédios, diz Temer

Segundo o presidente Michel Temer, oferta de ajuda humanitária não foi aceita pelo país

Remédios: "o Brasil está e sempre estará ao lado do povo irmão venezuelano", disse Temer (Beto Barata/PR/Divulgação)

Remédios: "o Brasil está e sempre estará ao lado do povo irmão venezuelano", disse Temer (Beto Barata/PR/Divulgação)

E

EFE

Publicado em 7 de fevereiro de 2017 às 15h00.

Última atualização em 7 de fevereiro de 2017 às 15h01.

Caracas - O governo venezuelano rejeitou uma oferta de ajuda humanitária oferecida pelo Brasil que incluía o envio de remédios que escasseiam na Venezuela, informou o presidente Michel Temer, em carta divulgada nesta terça-feira pela Assembleia Nacional (AN, parlamento) venezuelana.

"Oferecemos ajuda humanitária, em particular inclusive pela doação de remédios. Infelizmente a oferta não foi aceita", diz a carta assinada por Temer, em resposta a um comunicado do presidente da Câmara venezuelana, o opositor Julio Borges.

O presidente afirmou que seu governo, considerado "de fato" por Caracas, segue disposto "a contribuir na medida do possível" para aliviar a grave crise que atravessa a Venezuela "no mais absoluto respeito" à sua soberania.

"Reafirmo que é com especial preocupação que acompanhamos a situação da Venezuela (...) Saibam nossos concidadãos que o Brasil está e sempre estará ao lado do povo irmão venezuelano", acrescentou Temer, que também expressou votos de sua "mais alta consideração" a Borges e a todos os membros do parlamento, dominado pela oposição.

Em junho de 2015, o governo de Nicolás Maduro enviou ao Brasil uma comissão formada por três ministros e pelo então presidente do parlamento, o chavista Diosdado Cabello, em busca de alianças para importar remédios em falta na Venezuela.

No entanto, após o processo político que em agosto de 2016 destituiu Dilma Rousseff da presidência, o governo socialista mudou o tom em suas relações com o Brasil e Maduro questionou em várias ocasiões a legitimidade de Temer.

Em dezembro do ano passado, o líder venezuelano disse que seu homólogo brasileiro é um "sicário" e que comete um "crime social" por, supostamente, tirar do povo os direitos ao emprego, à saúde pública e à educação.

Acompanhe tudo sobre:Michel TemerRemédiosVenezuela

Mais de Brasil

Segunda começa com calor, mas frente fria derruba temperaturas até o final da semana; veja previsão

Brasil se aproxima de 5 mil mortes por dengue em 2024

Unimos uma frente ampla contra uma ameaça maior, diz Nunes ao oficializar candidatura em SP

Após ser preterido por Bolsonaro, Salles se filia ao partido Novo de olho em 2026

Mais na Exame