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Gleisi Hoffmann diz que condenação de Lula foi política

Para a presidente do PT, o ex-presidente foi considerado culpado sem ter uma única prova no processo

Gleisi Hoffmann: a senadora disse que conversou com Lula pelo telefone e ele estaria "muito tranquilo" (Adriano Machado/Reuters)

Gleisi Hoffmann: a senadora disse que conversou com Lula pelo telefone e ele estaria "muito tranquilo" (Adriano Machado/Reuters)

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Reuters

Publicado em 12 de julho de 2017 às 15h40.

Brasília - A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), criticou duramente a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e disse que se trata de uma decisão política, que tem como objetivo impedir que petista dispute a eleição de 2018.

Para Gleisi, o ex-presidente foi considerado culpado sem ter uma única prova no processo.

"É uma condenação política vergonhosa para o Judiciário brasileiro", criticou Gleisi, em entrevista pouco após a divulgação da sentença.

O juiz Sérgio Moro condenou Lula a 9 anos e meio de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro no caso envolvendo um tríplex no Garujá, mas não determinou a prisão imediata do ex-presidente.

A senadora disse que conversou com o ex-presidente pelo telefone e ele estaria "muito tranquilo". "Minha solidariedade, fique firme", disse-lhe a petista, em conversa presenciada pela reportagem da Reuters.

Para a senadora, a operação Lava Jato quer criminalizar a atuação do ex-presidente a fim de impedi-lo de concorrer a cargos eletivos no próximo ano. Ela acusou Moro de agir com parcialidade. Ela disse que o juiz já vinha preparando a condenação do ex-presidente perante a opinião pública.

"É um acinte à democracia! Quais são as provas? Mostre as provas!", protestou.

A senadora disse que, se o Tribunal Regional Federal da 4ª Região tiver o mesmo entendimento do caso envolvendo o ex-tesoureiro do PT João Vaccari, o ex-presidente será inocentado no julgamento da apelação.

Gleisi disse que o PT e outros partidos de oposição devem fazer atos internacionais em defesa do ex-presidente. Ela disse que pretende viajara ainda nesta quarta-feira a São Paulo para se reunir com Lula.

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