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Gilmar Mendes é abordado em Lisboa: "não tem vergonha na cara?"

Enquanto passeava pelas ruas do Chiado, popular área comercial de Lisboa, o ministro do STF foi abordado por duas brasileiras

Gilmar Mendes: no fim do ano passado, ministro acolheu pedidos das defesas e soltou diversos investigados em 2017 (Evaristo Sá/Getty Images)

Gilmar Mendes: no fim do ano passado, ministro acolheu pedidos das defesas e soltou diversos investigados em 2017 (Evaristo Sá/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de janeiro de 2018 às 09h53.

Última atualização em 15 de janeiro de 2018 às 09h55.

São Paulo - Nem durante as férias, longe do país, o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes escapa da repercussão de suas decisões.

Enquanto passeava pelas ruas do Chiado, popular área comercial de Lisboa, aonde passa suas férias desde o Natal, foi abordado por duas brasileiras.

O vídeo foi publicado primeiramente pelo site O Antagonista.

"O senhor é de uma injustiça imensurável! Inclusive deve estar querendo se disfarçar aqui, né? Andando como um comum dos mortais. Coisa que não é! O senhor não tem vergonha do que o senhor faz pelo país?"

"Mas a gente viu o senhor de longe!"

"A sua cara ninguém consegue esquecer"

"A gente pede para Deus levar o senhor para o inferno!"

Em meio a risadas, Gilmar reagiu: "Ai, meu Deus do céu!"

Crítico das prisões preventivas e conduções coercitivas na Operação Lava Jato, o ministro acolheu pedidos das defesas e soltou diversos investigados em 2017.

Na lista, três solturas do empresário Jacob Barata Filho,e liberdade para o ex-governador do Rio, Anthony Garotinho, e ao ex-multimilionário Eike Batista, todos, antes, presos por tempo indeterminado.

Juristas chegaram a protocolar um pedido de impeachment e a força-tarefa da Lava Jato no Rio pediu sua suspeição para julgar casos relacionados a Barata.

Sempre que questionado sobre suas polêmicas, o ministro tem reiterado que toma decisões com base na Constituição.

Com a palavra, Gilmar

O ministro Gilmar Mendes não se manifestou sobre a abordagem no Chiado.

"Isso acontece. Manifestações de aplausos e de censura."

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