Brasil

Gestão Bolsonaro deixou vencer 370 mil doses de vacina contra a covid

Gestão atual encontrou ao menos quatro imunizantes com risco de desabastecimento: BCG, hepatite B, poliomielite (vacina oral) e tríplice viral

Funcionário trabalha na linha de produção da vacina de dose única contra a covid-19 da CanSino em Tianjin, China. (China Daily/Reuters)

Funcionário trabalha na linha de produção da vacina de dose única contra a covid-19 da CanSino em Tianjin, China. (China Daily/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de janeiro de 2023 às 13h05.

Última atualização em 26 de janeiro de 2023 às 14h33.

A gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou vencer 370 mil doses de vacina contra a covid-19 da AstraZeneca e teve de incinerar as centenas de milhares de imunizantes vencidos, afirmou nesta quinta-feira, 26, o atual diretor do Departamento de Imunizações do Ministério da Saúde, Eder Gatti.

Em reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), que reúne representantes do ministério e das secretarias municipais e estaduais da Saúde, o diretor afirmou ainda que a gestão atual encontrou pelo menos quatro imunizantes com risco de desabastecimento: BCG, hepatite B, poliomielite (vacina oral) e tríplice viral.

Gatti afirmou que a atual gestão do ministério vem tentando negociar com os fornecedores para regularizar as entregas. O diretor detalhou as principais causas para a baixa oferta de cada uma das vacinas.

No caso da vacina BCG, dada a recém-nascidos e que protege contra a tuberculose, a interdição da Fundação Ataulpho de Paiva, no Rio, e a demora na entrega de doses compradas fora do País são algumas das razões para o baixo estoque. Gatti afirmou que o ministério já conseguiu destravar e receber 2,5 milhões de doses e que mais 2 milhões serão recebidas até o fim do mês.

Sobre a vacina da hepatite B, o diretor afirmou que o cronograma está sendo negociado com o Instituto Butantan, que está em tratativas com um parceiro privado.

A vacina oral contra a poliomielite também está tendo o cronograma de entrega negociado com a Fiocruz, que teve um problema com o fornecedor de bisnagas, de acordo com o ministério.

Já a tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, está com baixo estoque por ter tido mais doses usadas do que o previsto em 2022. De acordo com Gatti, 4 milhões de vacinas serão recebidas em fevereiro.

Assine a EXAME e fique por dentro das principais notícias que afetam o seu bolso. Tudo por menos de R$ 0,37/dia.

Acompanhe tudo sobre:Governo Bolsonarovacina contra coronavírusVacinas

Mais de Brasil

Governo cria sistema de emissão de carteira nacional da pessoa com TEA

Governo de SP usará drones para estimar número de morte de peixes após contaminação de rios

8/1: Dobra número de investigados por atos golpistas que pediram refúgio na Argentina, estima PF

PEC que anistia partidos só deve ser votada em agosto no Senado

Mais na Exame