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General escolhido para o Exército aparece em vídeo cobrando respeito às eleições

O pedido de Ribeiro Paiva foi feito durante uma cerimônia militar, após comentários sobre os atos antidemocráticos do dia 8, quando radicais invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes

Tomás Miguel Ribeiro Paiva: o escolhido defendeu a democracia e o papel do militar para além da opinião política (Youtube/Reprodução)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de janeiro de 2023 às 15h47.

Última atualização em 21 de janeiro de 2023 às 17h35.

O general Tomás Miguel Ribeiro Paiva , atual comandante militar do Sudeste e escolhido pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para substituir o general Júlio César de Arruda no cargo de comandante do Exército, aparece em um vídeo, nesta semana, cobrando que sua tropa respeite o resultado das eleições. Arruda foi demitido neste sábado, 21, por Lula.

O pedido de Ribeiro Paiva foi feito durante uma cerimônia militar, após comentários sobre os atos golpistas do dia 8, quando radicais invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes.

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"Democracia pressupõe liberdade, garantias individuais, políticas públicas e também é o regime do povo. É alternância de poder, é o voto. E quando a gente vota, tem que respeitar o resultado da urna. Não interessa, tem que respeitar. É isso que vale, essa é a convicção que a gente tem que ter, mesmo que a gente não goste. Nem sempre é quem a gente queria, mas não interessa", declarou o general.

Em discurso, Paiva defende a democracia e o papel do militar para além da opinião política: "A política é apartidária, então não importa quem está no comando, nós vamos cumprir a missão do mesmo jeito."

Após golpistas conseguirem deixar um acampamento instalado no QG do Exército e invadirem os palácios dos Três Poderes, Lula expôs na semana passada, a sua desconfiança em relação às Forças Armadas.

Contudo, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou que a reunião de Lula com os comandantes das Forças Armadas resultou em uma melhora na relação entre as partes. De acordo com Múcio, Lula passou uma mensagem de entusiasmo e quis "renovar a fé" no trabalho dos militares.

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