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Geddel diz que assunto sobre denúncias "está encerrado"

Nesta terça-feira, Geddel não quis responder se já tinha sido notificado

Geddel: o presidente da Comissão disse que o ministro teria o prazo de dez dias para apresentar sua defesa (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Geddel: o presidente da Comissão disse que o ministro teria o prazo de dez dias para apresentar sua defesa (REUTERS/Ueslei Marcelino)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de novembro de 2016 às 14h55.

Brasília - O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, afirmou no início da tarde desta terça-feira, 22, após encontro com o presidente Michel Temer, que não vai mais comentar as denúncias do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero, de que ele teria feito pressão para liberar um parecer favorável a um prédio em Salvador onde comprou um apartamento.

"Esse assunto está encerrado. Como está na Comissão de Ética, não vou mais comentar com a imprensa. Peço que me respeitem", disse o ministro. Na segunda-feira, 21, a Comissão de Ética da Presidência decidiu por unanimidade abrir um processo para investigar a conduta do ministro.

Nesta terça-feira, Geddel não quis responder se já tinha sido notificado, mas o presidente da Comissão, Mauro Menezes, disse que o ministro receberia o aviso ainda ontem e teria o prazo de dez dias para apresentar sua defesa.

Índios

O encontro com o Temer interrompeu uma reunião com líderes da base que Geddel participava na manhã desta terça no Planalto. Geddel teve que deixar a reunião de líderes para tratar a questão de índios que protestam em frente ao Palácio do Planalto.

Lideranças indígenas do Maranhão, Bahia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, associações de pescadores artesanais e quilombolas protestam contra a PEC do Teto, o projeto que permite a venda de terras para estrangeiros e também contra as mudanças nos procedimentos de demarcação das terras indígenas.

Os manifestantes cantavam e dançavam em frente à porta principal do Planalto. Nenhum deles foi recebido por representantes do governo. Ao ser questionado se o governo teria encontrado uma solução para o caso, Geddel respondeu que o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, iria continuar a tratar o assunto e que ele se concentraria na pauta do Congresso.

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