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Este é o plano do Brasil para manter a Rio-2016 segura

Olimpíada do Rio de Janeiro conta com um plano de segurança duas vezes maior do que o empregado em Londres

Rio: Gastos com segurança pública para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro totalizam R$ 1,2 bilhão (Stoyan Nenov / Reuters)

Marcelo Ribeiro

Publicado em 6 de agosto de 2016 às 06h00.

Brasília - Os gastos com segurança pública para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro superaram a marca de R$ 1 bilhão. O Ministério da Justiça investiu R$ 350 milhões, enquanto a pasta de Defesa realizou um aporte de R$ 854,4 milhões. No total, foi investido R$ 1,2 bilhão.

De acordo com os Ministérios, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e a Secretaria de Estado de Segurança do Rio de Janeiro, o montante é “mais do que suficiente” para garantir a proteção dos atletas, comissões técnicas, Chefes de Estado, autoridades, turistas e jornalistas durante o evento.

A EXAME.com, o Ministério da Justiça explicou que o valor investido foi empregado na aquisição de equipamentos, na capacitação de policiais, bombeiros e guardas municipais e na ampliação do sistema de monitoramento. Já a pasta de Defesa revelou que o montante foi destinado para a preparação e operação das tropas militares.

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A ação integrada para a segurança nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos é formada por três eixos: segurança pública, defesa e inteligência, e tem como base o Plano Estratégico de Segurança Integrada.

Colocado em prática a partir desta sexta-feira (5), o plano operacional ocorrerá até 18 de setembro, data de encerramento das Paralimpíadas.

Plano de segurança é duas vezes maior que Londres

A Olimpíada do Rio de Janeiro conta com um plano de segurança duas vezes maior do que o empregado durante os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. O esquema de proteção terá 88 mil profissionais, ante estimados 40 mil na capital britânica.

Para a megaoperação, foram convocados profissionais de segurança pública, incluindo efetivo da Força Nacional. Todos eles foram especialmente treinados e equipados para trabalhar em grandes eventos.

Nos Jogos, eles serão responsáveis pela segurança das instalações de competição, hospedagem e de comunicação. O número inclui ainda 18.500 policiais militares e 1.822 policiais civis do Rio de Janeiro. Além disso, as Forças Armadas disponibilizarão 41 mil militares.

Para reforçar a segurança, policiais estrangeiros estarão no Brasil. Mais de 250 policiais de 55 países vão trabalhar em Brasília e no Rio de Janeiro. Parte deles vai atuar no Centro de Cooperação Policial Internacional, chefiado pela Polícia Federal.

Combate ao terrorismo

Ainda que tenham evitado demonstrar preocupação excessiva com o terrorismo, os órgãos brasileiros se equiparam.

O plano de segurança inclui o Centro Integrado de Antiterrorismo (CIANT), um novo centro de enfrentamento ao terrorismo. O Centro de Cooperação Policial Internacional (CCPI), um legado da Copa do Mundo de 2014, também vai colaborar para evitar ações terroristas durante os Jogos. Policiais de mais de 50 países e instituições multilaterais como a Interpol participarão usando seus próprios uniformes.

Na área de Defesa, as ações de enfrentamento ao terrorismo têm como estrutura principal o Comando Centralizado de Prevenção e Combate ao Terrorismo (CCPCT). Além disso, há o Centro de Inteligência de Serviços Estrangeiros, com representantes dos serviços de inteligência de cerca de 100 países, incluindo a CIA, dos Estados Unidos. Os valores investidos especificamente em ações de combate ao terrorismo não foram revelados.

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