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Garis mantêm greve por tempo indeterminado no Rio de Janeiro

O TRT determinou que pelo menos 75% dos trabalhadores mantenham a limpeza da cidade e caso não seja acatado, o sindicato terá multa diária de R$ 100 mil

Garis em greve: A categoria reivindica aumento salarial de 40% e do valor do vale-refeição de R$ 20 para R$ 27; a Prefeitura do Rio subiu a proposta de aumento salarial de 3% para 7% (Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 16 de março de 2015 às 15h16.

Rio de Janeiro - Os garis da Companhia Municipal de Limpeza Urbana do município do Rio ( Comlurb) decidiram manter a greve iniciada na última sexta-feira (13), por tempo indeterminado, depois de uma audiência no Ministério Público do Trabalho, no centro do Rio.

O objetivo do encontro era a nova tentativa de acordo entre a empresa e representantes do Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio de Janeiro (Seeacmrj), na manhã de hoje (16), que não teve sucesso.

O gari Jair Geraldo, de 44 anos, que presta serviço para a Comlurb há 23 anos, explicou as reivindicações da categoria.

“Queremos melhores condições de trabalho. Ao longo dos anos, perdemos muito, como o triênio e a licença prêmio, e o salário não aumentou. Há negociações, mas o consumo do trabalhador está elevado. Quando não fazemos greves, os gerentes ganham premiações, como carros novos, e o gari, o que ganha?”, protestou.

Os garis reivindicam aumento salarial de 40% e do valor do vale-refeição de R$ 20 para R$ 27. A Prefeitura do Rio subiu a proposta de aumento salarial de 3% para 7%.

A Justiça do Trabalho declarou a greve ilegal, já que não houve a notificação de paralisação com 72 horas de antecedência como exige a lei, e o Tribunal Regional do Trabalho determinou que pelo menos 75% dos garis mantenham a limpeza da cidade. Caso não cumpra a decisão, o sindicato terá pagar multa de R$ 100 mil por dia.

A gari-escola Jacirema Cristina, há cinco anos na companhia, disse que, na época, os valores de salário e ticket alimentação já estavam defasados e que os profissionais não têm apoio da empresa.

“Nós não temos um alojamento, um local adequado dentro das escolas. Há mulheres que trabalham no caminhão porque, segundo a empresa, a mulher tem mais jeito para reciclagem. Tem muita gente que está trabalhando doente porque uma vez que está encostado pelo INSS, o salário é reduzido”, afirmou.

A assessoria da companhia afirmou que devido à greve, um plano de contingência foi acionado a fim de amenizar os transtornos para a população, mas não informou um balanço sobre as operações desde o início da paralisação.

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Rio de Janeiro - Os garis da Companhia Municipal de Limpeza Urbana do município do Rio ( Comlurb) decidiram manter a greve iniciada na última sexta-feira (13), por tempo indeterminado, depois de uma audiência no Ministério Público do Trabalho, no centro do Rio.

O objetivo do encontro era a nova tentativa de acordo entre a empresa e representantes do Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio de Janeiro (Seeacmrj), na manhã de hoje (16), que não teve sucesso.

O gari Jair Geraldo, de 44 anos, que presta serviço para a Comlurb há 23 anos, explicou as reivindicações da categoria.

“Queremos melhores condições de trabalho. Ao longo dos anos, perdemos muito, como o triênio e a licença prêmio, e o salário não aumentou. Há negociações, mas o consumo do trabalhador está elevado. Quando não fazemos greves, os gerentes ganham premiações, como carros novos, e o gari, o que ganha?”, protestou.

Os garis reivindicam aumento salarial de 40% e do valor do vale-refeição de R$ 20 para R$ 27. A Prefeitura do Rio subiu a proposta de aumento salarial de 3% para 7%.

A Justiça do Trabalho declarou a greve ilegal, já que não houve a notificação de paralisação com 72 horas de antecedência como exige a lei, e o Tribunal Regional do Trabalho determinou que pelo menos 75% dos garis mantenham a limpeza da cidade. Caso não cumpra a decisão, o sindicato terá pagar multa de R$ 100 mil por dia.

A gari-escola Jacirema Cristina, há cinco anos na companhia, disse que, na época, os valores de salário e ticket alimentação já estavam defasados e que os profissionais não têm apoio da empresa.

“Nós não temos um alojamento, um local adequado dentro das escolas. Há mulheres que trabalham no caminhão porque, segundo a empresa, a mulher tem mais jeito para reciclagem. Tem muita gente que está trabalhando doente porque uma vez que está encostado pelo INSS, o salário é reduzido”, afirmou.

A assessoria da companhia afirmou que devido à greve, um plano de contingência foi acionado a fim de amenizar os transtornos para a população, mas não informou um balanço sobre as operações desde o início da paralisação.

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