Brasil

Fundo da Samarco para reparação de danos tem R$ 501 milhões

Fundo será utilizado na recuperação das áreas afetadas pelo derramamento de lama vinda do rompimento de barragens da mineradora em Mariana (MG)


	Tragédia de Mariana: desastre em Minas Gerais afetou toda a Bacia do Rio Doce, destruindo comunidades e ecossistemas
 (Ricardo Moraes / Reuters)

Tragédia de Mariana: desastre em Minas Gerais afetou toda a Bacia do Rio Doce, destruindo comunidades e ecossistemas (Ricardo Moraes / Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2015 às 16h57.

Brasília - A mineradora Samarco, responsável pelo rompimento da barragem de rejeitos em Mariana (MG), depositou esta semana o restante da primeira parcela, de R$ 500 milhões, para a criação de fundo que será usado na recuperação das áreas afetadas pelo derramamento de lama.

O desastre, no dia 5 de novembro, afetou toda a Bacia do Rio Doce, destruindo comunidades e ecossistemas e causando transtornos na captação de água em Minas Gerais e no Espírito Santo.

Na semana passada, a Samarco havia pedido mais prazo para depositar a primeira parcela alegando que parte do valor, R$ 300 milhões, estava bloqueado pela Justiça devido a outra ação judicial que impedia acesso a parte dos bens da empresa.

A multa pelo atraso do pagamento, que deveria ter sido feito até o dia 26 de novembro e só ocorreu na terça-feira (1º), foi de R$ 1 milhão e já está depositada, segundo o Ministério Público Federal (MPF).

O valor total da caução socioambiental para compor o fundo, de R$ 1 bilhão, foi acordada entre a Samarco e o MPF no dia 16 de dezembro, por meio de um Termo de Compromisso Preliminar.

A mineradora tem até o dia 27 de dezembro para pagar a segunda parcela, também de R$ 500 milhões.

O MPF informou que a gestão do dinheiro será feita pela mineradora Samarco para garantir “o custeio de medidas preventivas emergenciais, mitigatórias, reparadoras ou compensatórias mínimas”.

O acordo estabelece que os gastos deverão ser auditados por empresa independente escolhida pelo Ministério Público.

Em nota, o promotor Carlos Eduardo Ferreira Pinto informou que os valores necessários para as ações poderão ser maiores.“Porém, o termo estabelece uma garantia jurídica concreta, que não existia até então, de que os valores iniciais emergenciais estão resguardados.”

Acompanhe tudo sobre:EmpresasMariana (MG)Meio ambienteMinas GeraisMineradorasPoluiçãoSamarco

Mais de Brasil

Ministro da Defesa busca recursos para Forças Armadas, enquanto governo discute bloqueio de gastos

Governo cria sistema de emissão de carteira nacional da pessoa com TEA

Governo de SP usará drones para estimar número de morte de peixes após contaminação de rios

Mais na Exame