A Secretaria estadual de Saúde alega que, de 40 contratos, 38 já foram regularizados (Alessandro Dahan/Getty Images)
Agência O Globo
Publicado em 4 de agosto de 2020 às 09h55.
Os sindicatos de Enfermagem e de Médicos do Rio contabilizam 13 unidades de saúde do estado com funcionários sem receber salários por um ou dois meses. Estão nessa situação, de acordo com eles, quem trabalha nos hospitais Anchieta, Alberto Torres, Carlos Chagas, Hospital da Mãe, Adão Pereira Nunes (Saracuruna), HTO, Samu, Rio Imagem e os cinco hospitais de campanha. A Secretaria estadual de Saúde alega que, de 40 contratos, 38 já foram regularizados.
Por causa dos salários atrasados, os profissionais de saúde do estado entraram em greve no dia 23. As unidades e serviços vêm operando com restrições. Segundo os sindicatos, há 2.800 profissionais em estado de greve. Por conta disso, as unidades trabalham com metade do efetivo. Pacientes graves não deixaram de ser atendidos.
Na semana passada, o secretário estadual de Saúde, Alex Bousquet, disse que a pasta optou por assinar novos contratos emergenciais, no caso de encerramento dos contratos antigos, com as mesmas Organizações Sociais (OSs) que já operavam nas unidades de saúde, para não prejudicar o atendimento.
O Tribunal Regional do Trabalho determinou, nesta segunda-feira, o pagamento de parte dos repasses atrasados.
Em meio à crise na saúde, o Rio Imagem amanheceu nesta segunda-feira com as portas fechadas. O centro estadual de diagnósticos é uma das unidades afetadas pela falta de repasses do governo a OSs por causa de auditorias ou encerramento de contratos.
Na unidade, que já estava funcionando com restrição de serviços devido à pandemia, o contrato com a OS Instituto Gnosis venceu no último dia 13 de março. Desde então, os repasses foram suspensos. Por isso, a OS decidiu suspender o atendimento.
Procurada, a SES informou que vai assinar um novo contrato emergencial até o fim da semana e, assim, liberará, antecipadamente, os pagamentos referentes a agosto para a retomada das atividades.