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Funcionários da USP decidem permanecer em greve

A decisão foi tomada durante uma assembleia pública do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) na manhã desta quinta-feira


	Protesto na USP: para diretor do Sintusp, a ação da polícia "lembrou os tempos da ditadura"
 (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Protesto na USP: para diretor do Sintusp, a ação da polícia "lembrou os tempos da ditadura" (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2014 às 15h57.

São Paulo - Um dia após o confronto com a Tropa de Choque da Polícia Militar durante "trancaço" dos três portões da Cidade Universitária, no Butantã, na zona oeste da capital paulista, os funcionários da Universidade de São Paulo (USP) decidiram continuar em greve contra o reajuste zero de salários e o corte de pontos.

A decisão foi tomada durante uma assembleia pública do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) na manhã desta quinta-feira, 21, na frente do prédio da reitoria da universidade.

Um dos temas mais debatidos foi o ataque da Tropa de Choque contra grevistas nesta quarta-feira, 20. Para os funcionários, "a força policial foi desproporcional".

Para Magno de Carvalho, diretor do Sintusp, a ação da polícia "lembrou os tempos da ditadura".

Os funcionários comemoraram o resultado da audiência pública no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região nesta quarta-feira, na qual a desembargadora Rilma Aparecida Hemetério negou a liminar da reitoria contra a greve.

Segundo Marcelo Pablito, diretor do Sintusp, a exigência da magistrada de antecipar as negociações entre universidade e grevistas para a próxima quarta-feira, 27, e o pedido de Rilma para que a reitoria apresente uma possibilidade de reajuste, deram "um fôlego" para os grevistas continuarem suas reivindicações.

"Nenhuma das nossas greves foi para julgamento na Justiça. O pedido da audiência foi da reitoria. Nós achamos um absurdo chegar a essa situação(a greve chegar à Justiça), porque estamos pedindo diariamente a antecipação das reuniões de negociação com a reitoria e com o Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas)", afirmou.

"Para chegar a esse ponto, foi uma atitude da reitoria de não aceitar negociação com trabalhadores e, ontem, montar aparato policial para reprimir o movimento."

Pablito diz que a greve continuará até que as reivindicações sejam atendidas.

"A nossa perspectiva é manter a greve para, se possível, chegar a uma negociação de reajuste de salários já na próxima quarta-feira, além da devolução dos salários cortados, a não desvinculação dos hospitais da universidade e o atendimento do restante dos pontos da pauta", explicou.

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